terça-feira, 26 de maio de 2009

Negócios destes, nem na China

"Nos últimos quatro anos, o Estado português já entregou ao Citigroup €3741 milhões em novas dívidas para substituir créditos que se revelaram inexistentes incluídos na carteira cedida por Ferreira Leite em 2003. São €935 milhões por ano, em média, que deixaram de entrar nos cofres do Estado para serem enviados ao banco americano.
Ao todo, foi já substituído mais de um terço do valor da carteira. Esta situação faz parte do acordo assinado entre o Governo, na altura liderado por Durão Barroso e com Ferreira Leite nas Finanças, e o Citigroup. O Estado português cedeu uma carteira de créditos ao Fisco e à Segurança Social no valor de €11.441 milhões em troca de uma verba de €1765 milhões que ajudou a reduzir o défice orçamental abaixo dos 3% em 2003.
(...)
".
Negócios destes, nem na China. O Citigroup, porém, nem precisou de ir tão longe. Encontrou-o em Portugal oferecido por Durão Barroso e Manuela Ferreira Leite !

2 comentários:

Anónimo disse...

É exactamente por estes factos (que bastariam), mas também por outros, como alienação de edifícios do Estado afectos ao serviço público para de seguida os tomar de arrendamento, que eu nunca votarei nesta senhora.

Ela pode achar-se com muita razão e até entender que foi um bom negócio, pois que, se não tivesse lançado mão desse expediente, a mera ocorrência do deficit excessivo traria mais gravosas consequências, tais como retaliações de Bruxelas, abaixamento do rating do Estado com subida das taxas de juro, etc. do que o expediente usado em si.

A verdade é que, sendo eu um cidadão que ainda vai comprando jornais e ultimamente observando uns blogues, vou recolhendo alguma informação e nunca fui bem esclarecido que tipo de negócio foi feito, se foi uma garantia de um empréstimo ao Estado Português pois, segundo li, quem cobrava as dívidas fiscais continuou a ser o Min das Finanças, se uma cessão de créditos ou sub rogação ou o que quer que tenha sido.
A verdade é que, eu cidadão, não cheguei a ter conhecimento dos contornos desse negócio e porque, então, não foi cultivada a transparência, não gostei, não gosto e não gostarei.
Na altura até me recordo de os deputados quererem ter acesso aos documentos, mas acho que não conseguiram.
Parece que agora, os deputados, vão regular, a sua forma de acesso a documentos em segredo de Estado.

Anónimo disse...

É este o tão apregoado modo de falar verdade aos portugueses que Manuela Ferreira Leite nos quer impingir... Foi um dos muitos truques contabilísticos, porventura a única coisa em que sabe mais que os outros.
Zé Mário