Sócrates prometeu no seu discurso de rentrée, em Guimarães, que o PS vai prosseguir no rumo traçado em 2005 e, do meu ponto de vista, Sócrates não tinha e não tem outra alternativa. Mudar de orientação, nesta altura, seria a negação da política seguida durante os últimos três anos, o que, além do mais, afectaria a sua imagem de político persistente e que se não verga perante as dificuldades. Não ignoro que aquilo que considero uma qualidade é tido por muitos como defeito, identificando o seu comportamento como arrogante e inflexível.
Seja como for, em face da opção tomada, o destino do PS e de Sócrates fica traçado: ou as reformas empreendidas ao longo da legislatura, resultam, trazendo melhorias significativas para a população em geral, designadamente no plano económico (o que não se antevê tarefa fácil, face à conjuntura internacional) e em tal hipótese o PS poderá manter a expectativa de vencer os próximos pleitos eleitorais, ou, caso tal não suceda, bem pode o PS perder as esperanças numa nova maioria absoluta (única hipótese de assegurar uma governação estável), não obstante a fraqueza com que neste momento se apresenta a alternativa à direita.
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