Segundo José Pedro Aguiar Branco, vice-presidente do PSD, o Governo “não tem força nem capacidade para fazer mudanças".
Ora aqui está uma afirmação completamente vazia de sentido. Que as reformas levadas a cabo pelo governo do PS tenham sido benéficas ou prejudiciais é matéria que se pode discutir. Pessoalmente, acho que houve de tudo, como na botica: umas boas, outras pelo contrário. Do que o governo não pode ser acusado, com um mínimo de objectividade, é que não tenha introduzido inúmeras reformas em variados e importantes sectores da vida nacional. São, aliás, muitas as vozes, inclusive da direita, que afirmam que o actual governo tem revelado, como nenhum outro, um verdadeiro espírito reformista.
Vinda de uma personalidade dirigente do PSD, aquela afirmação deixa-me sem saber se hei-de chorar, se devo rir.
Rir, porque a afirmação em si, pelo que fica dito, é risível. Chorar, porque revela que o PSD de agora continua a não ser capaz de definir uma orientação e de oferecer ao país uma alternativa de governação.
Banalidades e mais banalidades, quando não incoerências, é o que se ouve da parte dos seus dirigentes, a começar pela actual líder que, felizmente, para ela e para o seu partido, raramente se digna abrir a boca para falar.
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