Findo o processo disciplinar se apurará (estou certo) se o procurador-geral adjunto Lopes da Mota exerceu ou não "pressões" sobre os seus colegas procuradores e se esclarecerá (espero) em que é que consistiram tais "pressões". Até lá, uma coisa é certa, perante tudo o que já foi dito e feito: os senhores procuradores ainda que "pressionados" pelo seu colega não ficaram, pelos vistos, "impressionados", pois continuaram o seu trabalho.
A constatação de tal facto leva-me:
1. a concluir que o estatuto do Ministério Público (o mais autónomo da Europa, Pinto Monteiro o disse) garante a independência dos seus magistrados;
2. a perguntar que raio de "pressão" é que Lopes da Mota poderia querer exercer, se, sendo ele procurador-geral adjunto, por certo não desconhece aquele estatuto e que raio de "ameaças" é que ele ou alguém, por interposta pessoa, poderia fazer?
3 comentários:
Tem toda a razão.
São eles quem tem mais autonomia na Europa e pergunto eu:
E são os mais eficazes?
Como a resposta é não, eu pergunto:
A QUEM SERVE, ENTÃO, ESSE NÍVEL DE AUTONOMIA?
Para o país não estou a ver grande vantagem , a não ser para benefício dos próprios.
Se, assim, é, acabe-se com tanto andamento em roda livre.
Mas este é só uma parte do problema do País e até pequena, mas tem que se começar por algum lado.
Quem trabalha e é pago para servir o país, tem que mostrar trabalho e prestar contas.
Quando assim for, vão ver que a produtividade aumenta de imediato em, pelo menos, 60%.
(Anónimo que está longe de apreciar o trabalho do Governo em muitos aspectos)
Verdade que eu prefiro a bimby às panelas de pressão. De qq jeito, um magistrado do MP que admita poder ser pressionado, mais que armar-se em queixinhas, deveria era sair porta fora, por não reunir os requisitos mínimos para o lugar.
E já agora: para isto o magistrado do MP encarregado do inquérito foi célere, ainda que tendo que redigir relatório de 200 páginas. E 200 páginas. Parabéns! Pela rapidez, por tanto papel para algo que parecia ser coisa tão simples.
Ah! Grande Moura Pinto.
Comme il fault
Acertou na mouche.
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