«Quando chega a esta hora e tenho de vir dizer umas palavras sinto uma certa atrapalhação, tendo presente a audiência que tenho pela frente, jornalistas», confessou o Presidente da República, Cavaco Silva, na cerimónia de entrega dos Prémios Gazeta 2008, que decorreu no auditório da Caixa Geral de Depósitos.
Por isso, relatou Cavaco Silva, hoje ao final da tarde chamou um assessor para que o aconselhasse sobre o que dizer.
«Elogie os jornalistas, elogie a comunicação social, sublinhe a isenção, a independência, a objectividade, diga que agora gasta pelo menos 30 minutos a ler os jornais todos os dias e não apenas 5 minutos, que vê os telejornais, incluindo o de sexta-feira, o de sábado e o de domingo», sugeriu o assessor, segundo as palavras do próprio Presidente da República.
«Eu disse: não pode ser, porque se faço isso dizem imediatamente que estou a passar a mão pelo pêlo dos jornalistas para eles dizerem bem de mim», contou o chefe de Estado.
Foi então que o assessor o aconselhou a «ir pelo caminho contrário», fazendo uma análise crítica do jornalismo social, sugestão também declinada por Cavaco Silva, que confessou temer que algum jornalista «pegasse no sapato» e lho atirasse.
Nessa altura, surgiu a terceira sugestão, igualmente recusada por Cavaco Silva: elogiar as preocupações sociais da Caixa Geral de Depósitos, promotora dos prémios Gazeta.
Como quarto conselho, continuou a relatar o chefe de Estado, o assessor disse para elogiar o Clube dos Jornalistas.
Finalmente, surgiu, então, a derradeira sugestão: «então só há uma hipótese, é o senhor falar, falar, mas não dizer nada. É uma táctica a que se recorre em situações difíceis».
«Isso não me parece mal, principalmente neste tempo eleitoral em que nós vivemos. Mas, depois pensei melhor e disse: sabe isso não é o meu hábito, não é o meu hábito falar e dizer nada, isso é capaz de não correr bem, eu não sou capaz, mas ele olhou para mim e disse 'yes, you can, yes you can', é preciso é treinar um pouco e vai a ver que consegue», revelou Cavaco Silva, animando a plateia"(Fonte)
Por isso, relatou Cavaco Silva, hoje ao final da tarde chamou um assessor para que o aconselhasse sobre o que dizer.
«Elogie os jornalistas, elogie a comunicação social, sublinhe a isenção, a independência, a objectividade, diga que agora gasta pelo menos 30 minutos a ler os jornais todos os dias e não apenas 5 minutos, que vê os telejornais, incluindo o de sexta-feira, o de sábado e o de domingo», sugeriu o assessor, segundo as palavras do próprio Presidente da República.
«Eu disse: não pode ser, porque se faço isso dizem imediatamente que estou a passar a mão pelo pêlo dos jornalistas para eles dizerem bem de mim», contou o chefe de Estado.
Foi então que o assessor o aconselhou a «ir pelo caminho contrário», fazendo uma análise crítica do jornalismo social, sugestão também declinada por Cavaco Silva, que confessou temer que algum jornalista «pegasse no sapato» e lho atirasse.
Nessa altura, surgiu a terceira sugestão, igualmente recusada por Cavaco Silva: elogiar as preocupações sociais da Caixa Geral de Depósitos, promotora dos prémios Gazeta.
Como quarto conselho, continuou a relatar o chefe de Estado, o assessor disse para elogiar o Clube dos Jornalistas.
Finalmente, surgiu, então, a derradeira sugestão: «então só há uma hipótese, é o senhor falar, falar, mas não dizer nada. É uma táctica a que se recorre em situações difíceis».
«Isso não me parece mal, principalmente neste tempo eleitoral em que nós vivemos. Mas, depois pensei melhor e disse: sabe isso não é o meu hábito, não é o meu hábito falar e dizer nada, isso é capaz de não correr bem, eu não sou capaz, mas ele olhou para mim e disse 'yes, you can, yes you can', é preciso é treinar um pouco e vai a ver que consegue», revelou Cavaco Silva, animando a plateia"(Fonte)
Não me parece que este discurso seja caso para a plateia se animar. Antes pelo contrário, pois o humor não é propriamente o "forte" do Presidente da República e se a ele recorre é porque, a meu ver, não está nada bem. E falar, nesta altura, de um "assessor" parece a ocasião menos oportuna. É mesmo caso para dizer que é deitar sal na ferida, se nos lembrarmos da estória sobre as escutas.
2 comentários:
Que pobreza. Que tristeza. Sem mais comentários.
:))
Ainda vai acabar a contar barragens.
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