Acrescento:
A frustração do Bloco de Esquerda é evidente, pois os seus dirigentes, depois de terem manifestado, num primeiro momento e antes de terem sido conhecidos os resultados finais das eleições legislativas, a sua satisfação, parecem estar agora "desaparecidos em combate" ou a "lamber as feridas" de mais esta "vitória". "Desaparecidos" a tal ponto, que, segundo as notícias, nem sequer cumpriram a praxe democrática (seguida por todos os demais partidos) de felicitar o partido vencedor, facto que revela bem o espírito pouco democrático que anima o Bloco, conformado à imagem e semelhança do seu coordenador, Francisco Louçã que, uma vez mais, deu provas do seu radicalismo, agora melhor posto a nu, na sequência da campanha eleitoral.
A alternativa de estar a "lamber as feridas" também faz sentido, se considerarmos que a sua "vitória, se arrisca a transformar-se, de "magra", numa "vitória de Pirro". É uma hipótese que teremos que admitir como possível, pois o PS pode vir a ser forçado, pelas circunstâncias, a procurar um entendimento à direita com o CDS, seja para formalizar um simples acordo com incidência parlamentar, seja para formar um governo de coligação, já que, à esquerda, é, hoje, mais evidente do que ontem que qualquer compromisso é impossível face à irredutibilidade do Bloco. E, numa tal eventualidade, mais notada se tornará a irrelevância da "vitória" bloquista. Acho eu.
1 comentário:
Há por aí muita raiva brava, Francisco. O Berloque ganhou muito, é óbvio.Porém, o povo ainda há-de dar conta do concentrado de demagogia que o BE é. Também mal compreendo a sanha com que falavam do PS. Talvez proveniente dos diálogos havidos no Parlamento com Sócrates ao longo dos anos...
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