Paulo Teixeira Pinto apresentou uma queixa-crime, por "difamação e calúnia", contra Francisco Louçã, por este ter afirmado publicamente que o desembarque no Terreiro do Paço organizado pela Causa Real (a que Teixeira Pinto preside, se não erro) no dia 5 de Outubro (data da implantação da República) e o cortejo nocturno que se lhe seguiu, aos gritos de "Viva a Monarquia", era uma acção "patusca" promovida por "um banqueiro milionário associado ao período do colapso da liderança do BCP".
Não estou a ver bem onde é que Paulo Teixeira Pinto encontrou razões para se sentir ofendido. Ele lá saberá, mas admito que tenha sido pelo facto de Louçã lhe ter chamado "banqueiro", pois, de facto, já não o é. Ora isto de se chamar banqueiro a alguém, nos tempos que correm, pode ser tido, como se sabe, como uma ofensa grave!
Não estou a ver bem onde é que Paulo Teixeira Pinto encontrou razões para se sentir ofendido. Ele lá saberá, mas admito que tenha sido pelo facto de Louçã lhe ter chamado "banqueiro", pois, de facto, já não o é. Ora isto de se chamar banqueiro a alguém, nos tempos que correm, pode ser tido, como se sabe, como uma ofensa grave!
Seja como for, certo é que a queixa não agradou ao Bloco de Esquerda e daí o ter emitido um comunicado considerando a mesma "uma ameaça (...) inaceitável, que pretende limitar a liberdade de expressão". Nem mais, nem menos!
Ora bem: se Louçã se pode permitir a liberdade de qualificar a referida acção da Causa Real como "patusca", teremos também de convir que considerar como "ameaça inaceitável" à "liberdade de expressão" a queixa-crime apresentada por um cidadão, no exercício do seus direitos, é uma ideia não menos "patusca". Ou será, antes, simplesmente, tola ?
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