Pelo que me consta, o ministro da Defesa, apesar da bronca, ainda não foi despedido. O que muito me espanta, porque é hoje evidente, face ás sucessivas tomadas de posição por parte das respectivas associações, que Aguiar Branco não goza, nem do respeito, nem da confiança dos militares, sendo que um e outra são reciprocamente indispensáveis, numa cadeia de comando. E o resultado, depois do desaforo do ministro, não poderia ter sido outro, porque quem não respeita, também não se dá ao respeito.
A situação criada por culpa exclusiva do ministro Branco não tem outra saída honrosa que não seja a da remoção do ministro. A sua manutenção no cargo só pode ter uma de duas explicações: ou primeiro-ministro é ainda mais pateta do que a nulidade do ministro e não tem olhos para ver o que se passa, ou então o primeiro-ministro Coelho pretende, com o silêncio até agora mantido por Cavaco, transformar as Forças Armadas numa Tropa Fandanga.
Se é este o objectivo, pelo que tenho visto, não está longe de o alcançar.
1 comentário:
Caro Francisco: O Aguiar Branco é um erro de casting. Ele queria era ser ministro da Justiça. Como ministro das Tropas, só tem feito asneiras. Ontem meteu-se com o bispo das ditas, D. Januário Turgal. Estou a aguardar a resposta, que não deve ser amena, pois D. Januário não gosta de betinhos.
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