Perante este esclarecimento do ex-ministro da Defesa, Augusto Santos Silva, por ele publicado no Facebook e a seguir reproduzido na íntegra ...
‘Já disponho da informação relevante relativamente ao assunto de que o "Correio da Manhã" fez manchete na passada terça-feira, dia 21 de fevereiro de 2012, sob o título "Cartões milionários na Defesa" e com a minha fotografia.
Tenho dois factos para divulgar e três comentários a fazer.
Os factos:
1. O total de pagamentos efetuados com o cartão de crédito que utilizei como ministro da Defesa foi de 2.954,39 euros (dois mil, novecentos e cinquenta e quatro euros, e trinta e nove cêntimos). Considerando que estive 20 meses nesse lugar, isto dá uma média mensal de 147,72 euros (cento e quarenta e sete euros, e setenta e dois cêntimos).
2. Os esclarecimentos que entretanto obtive tornaram firme no meu espírito a convicção de que na origem da "notícia" do CM está apenas a agenda político-mediática deste jornal. Na sequência do recente trânsito em julgado de um processo movido pela Associação Sindical dos Juízes ao anterior governo, os ministérios encontram-se obrigados a fornecer este tipo de informações.
Agora os comentários:
3. Agradeço ao Ministério da Defesa, na pessoa dos seus mais altos responsáveis, a celeridade com que me facultou a informação que solicitei, compreendendo a sua relevância para a defesa da minha honra pessoal e, na minha modesta opinião, também para a defesa da dignidade institucional das funções que tive o privilégio de exercer.
4. Acredito que os dados que agora divulgo serão suficientes para esclarecer a dúvida que vi ainda persistir, naturalmente, na mente de pessoas que de boa fé comentaram este caso: perceberão melhor que, tendo eu consciência, não do valor exato, mas da ordem de grandeza dos pagamentos que fazia com o cartão de crédito, não me preocupasse minimamente em averiguar qual o valor do seu "plafond".
5. É possível debater estas questões fora do círculo da demagogia populista. O que interessa é o valor global das despesas dos gabinetes dos membros do Governo, qualquer que seja o meio de pagamento usado (numerário, cartão, cheque, transferência, etc.). Este valor é documentado, despesa a despesa, por quem a faz. É certificado, despesa a despesa, pela secretaria-geral do ministério respetivo. É escrutinado politicamente pelo Parlamento e financeiramente pelo Tribunal de Contas. O seu valor anual consta das leis do Orçamento e dos relatórios de execução orçamental. É conhecido publicamente e regularmente objeto de notícias da imprensa.’
...não posso deixar de plantar aqui uma pergunta dirigida aos membros da direcção e da redacção do "Correio da Manha": quantos banhos tomam antes de regressarem às vossas casas até conseguirem libertar-se do fedor que se respira na espelunca?
(o bold e o link deixados supra são da minha responsabilidade.)
4 comentários:
O Correio da Mânha, da Cofina, é de facto um monte de esterco. Parabéns pelo registo.
O Ribeiro e o Dâmaso devem ter algum problema mal resolvido. Já não se trata de mau jornalismo, trata-se de doença grave que se resolve nas clínicas de psiquiatria.
Abraço e bom fds
O ambiente, coitados, também não é saudável. O fedor lá dentro é tanto que até sai cá para fora. Todos os dias.
E pode-se saber porque essas continhas todas tão certinhas como apregoam não estão disponíveis para consulta popular? Vai ser preciso muito mais que isso para um politico ter a minha confiança.
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