Depois de vários membros do actual governo, incluindo o primeiro-ministro, terem incitado os jovens e os portugueses mais qualificados a emigrar como solução para as dificuldades que o país atravessa, coube agora a vez ao ministro da defesa dirigir idêntico convite aos militares:
"Se não sentem vocação, estão no sítio errado. Se não sentem, antes de protestar precisam de mudar de carreira."
Os apelos deste tipo vindos da parte destes governantes são já de tal forma constantes que não me parece abusivo concluir que a política deste Governo se pode resumir a "empobrecer" o país, como programa e a apontar a porta da saída a quem não concordar com um tal programa. Reivindicar e protestar é que de forma nenhuma, dizem estes democratas de opereta.
Quanto a mim, no entanto, seria muito mais simples e de longe mais justo que fossem a eles a "desamparar a loja". Mais simples, porque seriam em muito menor número os que teriam de "mudar a trouxa". De longe mais justo, porque se alguma das partes faltou ao prometido não foi o povo que os elegeu.
Suponho eu que não é preciso demonstrar por a+b que foram eles quem violou o contrato. Ou será que é?
(imagem daqui)
4 comentários:
Enquanto as ovelhas vão balindo, os ladrões vão destruindo o país.
Hoje, mais uma parcela vendida, 500 e poucos milhões por uma grande parte da REN.
500 e poucos milhões que vão desaparecer rápidamente e uma empresa de referência que deixa de ser portuguesa.
Este governo fez em 6 meses o que vários governos de direita não conseguiram fazer em mais de 30 anos. Voltámos ao estado novo e nem demos por isso.
O que me preocupa é que não me considerando excepcionalmente inteligente, nunca e repito nunca fui enganado por esta corja, e no entanto a maioria do povo português sentou-os no poder e muitos continuam a assobiar para o lado dizendo que a culpa era do outro.
Nada vai ser como dantes, estamos a vender os dedos, porque os anéis já se foram. Os anéis podem-se voltar a comprar, os dedos não.
Caro Francisco Clamote
Permita-me fazer uma correcção ao anónimo das 16.06.
Meu caro é um erro dizer que foi a maioria do povo Português que sentou esta "corja no poder" não. A maioria do povo (eleitor) na sua maior fatia, não votou sequer e depois ainda houve os que votaram noutros partidos. "É só fazer as contas".
Quanto ao seu post. Exportar este tipo de mão de obra. Não se estará a sugerir que vão engrossar os vários exércitos de mercenários que andam a fazer guerras por esse mundo fora?
Alinho mais pela solução que preconiza.
Desculpas pela extensão.
Abraço
Rodrigo
Caro Francisco: Boa abordagem a este problema. É preciso lembrar que as nossas FA estão ao serviço da comunidade internacional em tres continentes: nos Balcãs, no Afganistão e no Índico (Marinha). Estão a representar Portugal, contactam com colegas de outros países, e comparam o mérito com que são tidos nos seus países. Em Portugal, neste momento, o Governo não sabe avaliar o serviço prestado pelas Forças Armadas.
Um abraço.
Eram estes mesmos que há meia dúzia de meses achavam as greves e manifestações das forças de segurança e outras, com bons olhos, até alinhavam nelas. Hoje só veem inimigos nos amigos que os ajudaram a ir ao pote e ganhar as eleições. O que deve custar ser coerente! Não quero não usar outros adjectivos por respeito aos meus progenitores e a este blogue.
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