quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

A forma séria

Comentando as críticas dirigidas contra o chamado relatório do FMI, entretanto surgidas, e posto perante a exigência de demissão do secretário de Estado Moedas, defendida pelo seu companheiro de partido e presidente da CM de Oeiras, Carlos Carreiras, o secretário de Estado da Presidência, Luís Marques Guedes afirmou que houve "declarações excessivas, acaloradas, outras a roçar o absurdo". Indo mais além, não se dispensou de fazer um apelo pedindo o "contributo de todos para que haja "um debate nacional de uma forma séria e responsável".
Não posso deixar de notar que há uma evidente desconformidade entre o apelo e a forma como o governo iniciou a discussão sobre a "refundação" (do memorando, ou do Estado, conforme os dias) e da forma como está a conduzir o debate.
De facto, o modo como o governo tem agido, de sério e responsável nada tem, pois, em vez de apresentar aos portugueses as suas propostas, com toda a clareza, o governo, cobardemente, recusa assumir as suas próprias responsabilidades, refugiando-se sob a capa de um relatório técnico por ele próprio encomendado, como se ele nada tivesse a ver com as medidas nele propostas.
Se isto é sério e responsável, vou ali e volto já.
E volto para dizer que exigir seriedade e responsabilidade a um governo destes, que não é sério e muito menos responsável, é, na verdade, pedir o impossível.



2 comentários:

Graça Sampaio disse...

Portanto está na hora de os pormos a ANDAR!!!

O Puma disse...


Esta canalha só merece palavras em vernáculo

Encomendaram o relatório
para exibirem o selo do FMI
torpedearem a opinião pública