Cavaco Silva, depois de ter deixado passar o prazo para requer a fiscalização preventiva da constitucionalidade do Orçamento do Estado, acabou por requerer, como se sabe, a fiscalização sucessiva de algumas normas do diploma, após a sua promulgação, em conformidade com o que era, em geral, antecipado.
Quanto a mim, fê-lo, não porque essa fosse a sua vontade real, mas sim e apenas porque foi forçado pela circunstância de se saber, de antemão, que fiscalização sucessiva sempre haveria por iniciativa de deputados de toda a oposição. O requerimento de Cavaco Silva serviu assim, a meu ver, apenas e só para ele salvar, uma vez mais, a face. Essa tem sido, aliás, a maior das suas preocupações, ao longo da sua já longa vida pública.
Se faltava a prova, ela aí está: Cavaco podendo pedir urgência na deliberação ao Tribunal Constitucional não o fez. Para prova, a mim me basta.
2 comentários:
Um dia falaremoos de coisas sérias
de gente impoluta
Certo, mas se o TC se pronunciar contra as medidas em questão, já viu o murro que o Cavaco vai dar no Governo de Passos Coelho. Isto ainda vai dar em divórcio.
Um abraço.
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