quinta-feira, 28 de março de 2013

Favor duplo

Não sei se é verdade ou mentira a notícia posta a circular pelo "Público", segundo a qual "o primeiro-ministro  admitiu, na passada terça-feira, perante o seu núcleo duro, na última reunião da Comissão Permanente do PSD, que tem receio de que o Governo não chegue ao fim da legislatura por não conseguir encontrar alternativas para as medidas que o TC  possa vir a chumbar".
A ser verdadeira, e caso se venha a concretizar-se a hipótese de demissão do governo passista, se o  Tribunal Constitucional (TC) vier efectivamente a declarar, não obstante as indecorosas pressões de Coelho, que todas ou algumas das normas do Orçamento do Estado submetidas à sua apreciação estão feridas de inconstitucionalidade, dois favores ficam os portugueses a dever ao TC: desde logo, como é do seu estrito dever, a reposição da legalidade constitucional que este (in)executivo tem vindo sistematicamente a violar. Mas, a verificar-se a hipótese de demissão, a decisão, neste caso, trar-nos-ia o bónus de nos vermos livres duma das "pragas" que está a destruir o país. Infelizmente, não será tão fácil desfazer-mo-nos  da "praga" que, em tal caso, restará.
Ao contrário de muita gente não receio, nem por um segundo que seja, as consequências da queda deste governo, porque, a meu ver, qualquer solução que o futuro possa trazer no bojo, nunca poderá ser pior do que a actual.

2 comentários:

Anónimo disse...

Agora já só falta o Cavaco também vir chantagear o TC!
Concordo em absoluto: qualquer crise é melhor do que manter esta situação insustentável.

folha seca disse...

Caro Francisco Clamote
É de facto imaginar qualquer coisa de pior.
Sou daqueles que já bateu no fundo. Acontece!
Abraço
Rodrigo