sexta-feira, 24 de outubro de 2008

O aumento é pouco ou demasiado ?


Todos, ou quase todos, os comentários que tenho lido sobre a Proposta de Orçamento para 2009, consideram que a proposta do Governo relativa ao aumento para Função Pública (2,9%) é eleitoralista e que, nas actuais circunstâncias, com a crise a entrar por todo o lado, tudo recomendaria uma maior prudência.
Sem negar as preocupações eleitoralistas do Governo, julgo que a proposta é equilibrada, tendo em conta que a função pública foi certamente durante os últimos anos um dos sectores mais afectados pelas restrições orçamentais. Sendo assim parece justa a intenção de repor algum do poder de compra entretanto perdido, até porque os sacrifícios devem ser repartidos por todos e não incidir apenas sobre alguns.
Todavia, não obstante todo o cenário de crise que atravessamos (e o mais que se adivinha e se receia) a Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública prepara-se para mais uma manifestação a ter lugar no dia 21 de Novembro, para contestar o aumento proposto.
É caso para perguntar: Acham que é pouco, ou é demasiado ?
(Imagem daqui)

3 comentários:

Anónimo disse...

Pergunta bem pertiente. É um contrasenso contestar o aumento proprosto, quando é bem patente que o mesmo já é irealista, face á crise que se está atravessar.
Ou será que por vezes não importa é desaestabilizar?

Anónimo disse...

eu apostava que eles pensaram mais ou menos assim «epah, de acordo com aquelas aulas de negociação que o meu serviço me pagou, se eles estão a dar isso, é porque podem dar mais».

e assim continua actual a já conhecida máxima do funcionalismo público "quem não chora não mama"

Anónimo disse...

A questão não é se é pouco ou não ou se é irrealista ou não. E o problema não é só da função pública pois a maior parte das empresas em portugal que têm alguma "saúde" seguem os aumentos da função pública religiosamente, hoje mais que nunca (pois são quase todos abaixo da inflação). É quase publicidade enganosa qundo se fala de aumentos porque o que acontece na práctica são diminuições... Se é sempre para baixo, qual é o limite?