Se Israel continua a bombardear os túneis na fronteira com o Egipto tal significa que, ao contrário do afirmado pela propaganda israelita, os objectivos pretensamente prosseguidos com a ofensiva contra a faixa de Gaza, não foram atingidos.
É certo que em Gaza ficaram mais de 1.300 palestinianos mortos (incluindo muitas centenas de crianças, mulheres e idosos), milhares de feridos e milhares de casas destruídas, mas a região não ficou mais pacificada, nem Israel ficou livre de ser, de novo, alvo dos rockets do Hamas.
Nada que não fosse previsível. Como previsível era que, na falta de um acordo entre os beligerantes, a trégua não iria ser duradoura.
Afinal, a guerra, depois de um breve intervalo, é para continuar...
Enquanto o ódio de uma parte e de outra prevalecer, é assim que vai ser. Hélas!
2 comentários:
…e a solução seria ficar de braços cruzados, deixar entrar mais armas para os terroristas do Hamas juntamente com as tais mercadorias necessárias à vida de todos os dias..!?
Israel não atingiu todos os objetivos previstos e não há guerra que o consiga.
A realidade na região é extremamente complexa e o sonho duma paz plena e inteira é mesmo um sonho.
Enquanto na base de tudo, ou seja, da educação das crianças não se eliminem os livros que induzem o ódio dos judeus, enquanto as mães dos suicidas disserem “aquele morreu, mas ainda tenho mais filhos candidatos ao martírio” enquanto os terroristas agirem do interior das escolas, hospitais e bairros extremamente habitados desprezando o risco que fazem correr às populações civis e assim o número elevado de vitimas, não haverá solução.
A Faixa de Gaza foi entregue aos palestinos em troca de uma promessa de Paz, contra a vontade duma enorme parte da população israelita, não só a que lá vivia, mas daquela que menos “inteligente” do que a classe política antevia o resultado.
Contra um Hamas que preconiza a destruição de Israel de que trégua e acordo entre os beligerantes podemos falar…? Hélas
Maria do Carmo
Cara Maria do Carmo:
A paz, a meu ver, passa pela compreensão da posição de uns e de outros. Pela segurança de Israel, sem dúvida, mas também pelo respeito pelo povo palestiniano e pelos seus direitos. Razões de queixa tanto as têm os israelitas como os palestinianos. Se os dois povos não forem capazes de compreender as razões da outra parte e de tentar resolvê-las, é evidente que não se chegará à paz. E que a recente ofensiva em Gaza não contribuiu para se caminhar nessa via, parece-me evidente. É só isso o que eu digo. E lamento.
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