segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

A novela Freeport

O modo como a comunicação social (em particular os jornais "Público" e "Sol") tem tratado o caso Freeport, em jeito de novela porca, ora repescando o que já foi dito em 2005, ora insinuando isto e mais aquilo, ora chamando o tio, ora o primo, ora o Smith, já me enoja. E também me enoja o procedimento das autoridades judiciárias portuguesas que já tiveram mais que tempo para deslindar o caso e que continuam a dar tratos de polé ao segredo de justiça, sem que quem de direito ponha termo ao abuso.
Até parece que não interessa que as investigações cheguem ao fim, acusando quem tiver de ser acusado (se for o caso) e ilibando quem deva ser ilibado. De facto, salvo honrosa excepções, não vejo a comunicação social genuinamente interessada em saber a verdade. O que vejo é fazer insinuações e levantar suspeitas. Talvez, suponho eu, porque tal procedimento é uma boa maneira para vender mais papel, ainda que enlameado. E bem enlameado, diga-se.

2 comentários:

Anónimo disse...

Não há dúvida!
Mas ainda não viram que quem virá a sentar-se no banco dos réus é a insasiável sede de crucificar a qualquer custo?´
Deixem funcionar serenamente a Justiça porque só assim seremos dignos dela. Atrapalhar, é indigno de responsáveis pela formação da opinião neste pais.Haja não só Zeus como diz o autor deste blog, mas também Ala, Cristo, Buda e, já agora, para os ateus, o Homem.
Zé Mário

Anónimo disse...

Ah! Não! De modo nenhum. Deixar "funcionar serenamente a Justiça" porque só assim seremos dignos dela"? Nem pensar.
Então querem Justiça mais "serena" que aquela que demora anos e anos a "dizer de sua justiça"? Tão comovedoramente serena que nem se mexe!?
Eu percebo o que o anónimo Zá Mario quer dizer e só falo assim para reforçar-lhe o sentido do apelo à pureza de princípios e, se ele diz que os media são responsáveis pela formação da opinião neste país, eu diria que isso não pode ser verdade, porque a vontade de vender jornais e de ganhar "uns carcanhóis" borra tudo aquilo que seria bonito, termos jornalistas e directores de jornais de atitudes irrepreensíveis, ideais nobres, sentido de patriotismo, de coragem e de verdade, que não se pusessem a julagr no tablóide um qualquer cidadão, depenando-o, mostrando todo vestido de escamas e dizendo a toda a gente que aquilo é um peixe.
Quando o cidadão exige repor a verdade, lá vai um pontinho pequenino a esconder a nódoa que equivale a um oceano.
Mas este povo tem a imprensa que merece porque ainda compra certo tipo de jornais ou revistas, ainda vê certa televisão, e isso até tem desculpa porque há sempre alguém que faz a diferença ou é excepção.
Mas os julgamentos nos jornais e na televisão deixam-me estarrecido, como estarrecido fico quando vejo comentários de pessoas que não fazem parte dos jornais a exigir a cabeça do s. João Batista numa bandeja.
Teremos de ser implacáveis com estes inimigos da vida em sociedade.
Haja todas as outras divindades que foram adoradas e que fizeram ou cuja adoração fez evoluir o Homem para o seu melhor.
A perfeição não tem limites, pois que quando tudo parece perfeito, ainda há algo a melhorar.