Orlando César, presidente do conselho deontológico do Sindicato dos Jornalistas afirmou que “o primeiro-ministro tem toda a legitimidade em exprimir a opinião dele, da mesma forma que será a investigação judicial que está em curso que vai esclarecer as questões”(muita generosidade a dele!) considerando, no entanto, que no âmbito do caso Freeport, os jornalistas têm de estar atentos às tentativas do poder político, quer de condicionamento quer de instrumentalização. E conclui: Depois, logo se verá se a razão está do lado do primeiro-ministro ou dos meios de comunicação social que levantam as dúvidas que têm sido suscitadas nos últimos tempos.
Julgava eu que a função dos meios de comunicação social era a divulgação de notícias sobre factos e acontecimentos e, eventualmente, comentar e opinar sobre uns e outros.
Mas não. A missão dos jornalistas, na versão deontológica de Orlando César, é levantar dúvidas.
Em face do que, sinto-me na obrigação de levantar a dúvida sobre se Orlando César faz alguma ideia do que é a deontologia profissional dos jornalistas, uma vez que deixa sem reparo tudo o que se tem escrito, nas suas barbas e do respectivo conselho deontológico, sob a forma de insinuações, alusões e boatos sobre este mesmíssimo caso.
Será que eu, ao levantar esta dúvida e sentindo-me capaz de levanta muitas outras, posso considerar-me um jornalista? Pelo critério do presidente do conselho deontológico do Sindicato dos Jornalistas, sim.
Sem dúvida !
1 comentário:
De facto, quem lê não pode acreditar que o sr. Orlando está à frente de um conselho deontológico.Assim se compreende toda a impunidade e irresponsabilidade em que vive a comunicação de massas.Basta!
Zé Mário
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