terça-feira, 31 de março de 2009

A "malapata" do Ministério Público

A palavra não se encontra nos dicionários, mas a "malapata" circula por aí com o significado de que nada corre bem e isso é o que parece que se passa com o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público. O anterior presidente não deixa saudades (a mim, pelo menos) e eis que o presidente eleito, ainda antes de tomar posse, já começou a "asneirar", andando por aí a denunciar, a torto e a direito, a existência de pressões sobre os magistrados do Ministério Público, evitando, do mesmo passo (que o homem, pelos vistos, é cauteloso) concretizar a denúncia sobre quem pressiona quem e a respeito de quê, embora, pelo que dão a entender as notícias, pareça estar em causa o caso Freeport. Seja ou não seja esse o caso, o procurador João Palma arrisca-se a que o seu comportamento seja visto como o do garoto que atira a pedra e esconde a mão, o que não augura nada de bom sobre o seu futuro desempenho como presidente do SMMP.
Ao pretender ser ouvido directamente pelo Presidente da República, antes de apresentar as suas queixas ao Procurador-Geral da República, o queixoso parece estar em rota de colisão com o seu superior hierárquico, que, pelo que se lê, pretenderá que no processo Freeport se chegue rapidamente a uma conclusão, preocupação que a maioria da população portuguesa compartilha certamente, pois não quer ver arrastado até às calendas gregas um processo que está a inquinar toda a vida política portuguesa. Por isso mesmo, o processo ressuscitado depois de dormir o sono dos (in)justos durante quatro anos, tem que ser esclarecido no mais curto espaço de tempo, doa a quem doer, magistrados incluídos. O que se passou até agora, em matéria de delongas e em matéria de violações do segredo de justiça, já é mais que suficiente para envergonhar toda a magistratura do M.P. Tais aspectos, no entanto, não parecem preocupar o novo presidente do SMMP, quando, a meu ver, era por aí que ele devia começar, se quiser que o povo passa a dar algum crédito à justiça, que hoje, mais do que nunca, anda pelas ruas da amargura, pese embora o mediatismo personalizado pelo presidente cessante e pelo actual que, pelos vistos, lhe quer seguir os (maus) passos.
A talhe de foice, sugiro-lhe também que ponha os olhos nos resultados de recentes julgamentos (o último e o mais gritante dos quais é o do caso Ferreira Torres) que terminam em absolvições por falta de prova, sinal evidente de que processos que levam anos a instruir, ou são mal instruídos ou não encontram magistrados capazes de defendê-los perante os juízes. Parece-me que uma reflexão sobre o assunto era capaz de não ser descabida no âmbito de um sindicato a quem cabe defender não só os interesses dos associados, mas também a dignificação de toda uma classe.
No caso que ora nos ocupa, repito que a toda a gente, com raras excepções, onde porventura se inclui o procurador eleito, exige e quer que o assunto fique esclarecido de vez e antes das eleições que estão à porta. Se há crime e se há culpados o M.P. já teve mais que tempo para esclarecer o povo e o povo quer saber. Não é justo que o povo seja chamado a votar, enquanto pairar, por obra e graça da desgraçada comunicação social que temos, a mínima dúvida sobre a inocência do primeiro-ministro. Tais eleições, a decorrerem sem o assunto esclarecido, não seriam, nem livres nem justas, acorrentados que estaríamos às dúvidas lançadas por gente, no mínimo, irresponsável.
Bem andou, pois, o ministro Santos Silva quando exigiu a João Palma que esclareça publicamente as “pressões” sobre magistrados, considerando que tais declarações são “gravíssimas” e, como tal, “não podem ficar sem consequência”.
Nem mais. Já vai sendo tempo de pedir responsabilidades a quem não sabe ser responsável. Digo eu.
ADENDA: O desmentido dos procuradores encarregados do processo, veiculado através do comunicado do PGR, há pouco difundido, negando a existência de quaisquer pressões, revela até que ponto vai a isenção do novo presidente do SMMP. E também não é difícil adivinhar onde é que ele quer chegar.
Para começo, não está mal. Espero sinceramente que a audiência pedida ao Presidente da República seja, ela sim, remetida para as calendas gregas, sob pena de o PR pôr em causa a posição do Procurador-Geral da República. Aliás, devo dizer que gente, com o comportamente de um João Palma, nem dos portões de Belém deve passar.Disse.

sábado, 28 de março de 2009

(1000) Dedicada aos amigos


Cumpre-se, com esta entrada, a milésima mensagem publicada no "Terra dos Espantos". Mais que um evento para celebrar, até porque, sem falsa modéstia, não julgo haver razão para tal, é antes a ocasião propícia para saudar os amigos que me foram acompanhando ao longo dos meses que já passaram.
Saúdo pois:
- O Miguel Abrantes, do Câmara Corporativa, que conta agora com o excelente reforço do João Magalhães, tinha forçosamente de vir à cabeça, não só porque sou que sou fiel seguidor do blogue há muito, mas sobretudo porque lhe devo inúmeras atenções que não estou à altura de compensar. Paciência... Miguel e João !
- A MDSOL, amiga de todos os dias que, para além do mais, transforma o seu branco no branco, numa paleta de todas as cores, visíveis até para daltónicos, como é parcialmente o meu caso;
- O Paulo Pedroso, já referido por várias vezes no "Terra dos Espantos" e que no próximo dia 5 irá apresentar formalmente a sua candidatura à presidência da Câmara de Almada. Lá estarei na Incrível Almadense, para lhe manifestar o meu apoio, se a saúde (ver mensagem anterior) me não faltar, como espero;
- O Alexandre, construtor de pirâmides e bom amigo a quem devo a atribuição de mais um Prémio Dardos que, por lapso da casa, ficou por agradecer, aproveitando agora o ensejo para o fazer, esperando a sua compreensão para agradecimento tão tardio;
- O Jumento, que ganhou já a dimensão de uma instituição, onde tenho sido sempre bem acolhido e bem tratado e que ora me anda a causar inveja com as belas imagens de aves que tem vindo a publicar. É que não as consigo igualar, por falta de arte e de melhor equipamento (fraca desculpa do artista);
- O José Ferreira Marques, que no seu Forma e Conteúdo nos ensina que é possível, num exercício de concisão, produzir uma ideia luminosa, em duas penadas;
- O MFerrer, o amigo bem informado e corajoso do HOMEM AO MAR;
- O Óscar Carvalho, com quem compartilho muitas das perplexidades do seu Perplexo e que muito me honra com a inclusão na sua curta lista de blogues;
- A Joana Lopes, que é um gosto acompanhar, por entre as brumas da memória e que por esta altura tem razões para estar pouco satisfeita comigo, pois não cumpri uma tarefa de que me incumbiu, fruto do deixar para amanhã o que se pode fazer hoje. Espero que o Me Poenitet que aqui faço, me alcance dela o perdão. Joana, a tarefa cometida não era fácil, para um homem sem qualidades. (Já vi esta expressão algures. Musil?);
- O Lino Novais Tito, amigo das primeiras horas e de cuja barbearia sou frequentador habitual, o que não admira, pois, além de dispor do material mais moderno, é onde se encontra o que há de melhor em matéria de "colaboradoras";
- O José Simões, amigo também dos primeiros tempos, titular de um blogue bem original, agora de cara renovada, e que é também visita obrigatória cá da casa;
- O Porfírio Silva, amigo culto, que entre os seus múltiplos afazeres (e não só à volta da sua Machina Speculatrix) ainda encontra tempo para uma ou outra chamada de atenção, que lhe agradeço;
- O Eduardo Graça, que, ao contrário do que anuncia o seu blogue, não vive ABORTO. Antes pelo contrário.
- O Tomás Vasques que cumpre mais do que promete. No seu hoje há conquilhas amanhã não sabemos encontra-se sempre bom "marisco". Se não é do dia, é da véspera, mas é sempre de qualidade;
- O Filipe Tourais, de quem discordo com frequência, mas que nem por isso é, para mim, menos merecedor da estima, consideração e respeito que objectivamente lhe são devidos, pelo seu talento;
- O A. Moura Pinto, que, além do mais, aproveita o seu Azereiro para fustigar quem bem o merece, com a graça e o talento só ao alcance de alguns;
- O Miguel Madeira e o Carlos Novais do Vento Sueste, com quem vou aprendendo algumas noções sobre o funcionamento da economia. Infelizmente, o meu inglês técnico e não técnico, não me ajudam muito a seguir a lição em perfeitas condições. Mea culpa!;
- O José Carlos Megre a quem é devido um bem haja pela excelente informação disponibilizada, mas não só, pois também ali encontramos belas peças no domínio da pintura e literatura (poesia) da melhor, matérias em que, no entanto, não consegue ultrapassar o Cãocompulgas, amigo também cá da casa;
- O JRV que pratica o Activismo de Sofá, mas não só, a quem já "furtei" um título e que prontamente aceitou as minhas desculpas pela falha, embora involuntária, gentileza que não esqueço;
- O Rui Perdigão do Vida das Coisas já aqui contemplado com um "Prémio Dardos", o que diz alguma coisa sobre o que se pensa da sua qualidade;
- O Paulo Querido do Certamente!, com quem tenho aprendido muito, sendo certo que se mais não tenho aproveitado é porque me faltam as "primeiras letras" na matéria;
- O Câmara de Comuns, um mini-parlamento, onde destaco a colaboração do Paulo Ferreira, sem prejuízo de reconhecer o valor dos restantes colaboradores;
- O António Almeida, atarefadíssimo com o seu Direito de Opinião e no Andarilho, embora este o ocupe bem menos;
- O José Pimentel Teixeira, que de Moçambique, através do ma-schamba, nos traz notícias de lá, de cá e do mundo e ao qual, por falta de tempo, nem sempre tenho dado a devida e bem mais que merecida atenção;
- O Carlos Alberto, que aprecio como cidadão que, embora com respeito pelos outros, luta pelas suas ideias com toda a frontalidade;
- O MACRO do Macroscopio, é uma descoberta recente e feliz. Na minha última visita, até lá vi um milagre (de graça) !
- Os blogues Triunfo da Razão, Ilusão, Lusitânia Insólita, O Insurgente e 20th Century Cat , a quem agradeço a inclusão do "Terra dos Espantos" nas suas respectivas listas, gesto que aqui se retribui com todo o gosto.


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Não ficaria de bem comigo próprio, se não aproveitasse também o ensejo para saudar alguns outros blogues, que não têm hiperligação com o "Terra dos Espantos", mas que acompanho, com grande prazer e proveito e aos quais muito devo. Ei-los, por ordem alfabética e sem outra indicação que não seja o nome. Não seguirei o critério anterior de acrescentar um pequeno comentário para evitar dar a esta mensagem o tamanho do nunca mais acaba. Todos eles, merecem, no entanto, por uma razão ou por outra, a visita continuada de quem quer manter-se bem informado. Digo eu:

...Bl-g- -x-st-;
A Pente-Fino;
A Terceira Noite, já na nova morada;
Água Lisa;
Arrastão;
Aspirina B;
Canhoto;
Causa Nossa;
Da Literatura;
Defender o Quadrado;
DOTe COMe_Blog;
jugular;
Margens de erro;
ruitavares.net/blog;
Vox Pop;


E fiquemo-nos por aqui. Outros muitos ficarão para outra oportunidade.



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Uma última palavra de saudação é devida aos muitos anónimos que aqui têm acorrido, uns mais anónimos do que outros (os que se identificam nos seus comentários) e, dentre estes vários, lembrarei o Zé Mário, o Zé Lopes, o Álvaro, o Augusto, a Judite Freire, a Capitolina, o Jorge Varela, a Mimi, o Aristides Duarte e a Cristina. Obrigado a todos pelas visitas e pelas contribuições.

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Proponho um brinde final à saúde de todos. O copo vazio é para mim, que, por razões médicas estou transformado, temporariamente, em abstémio. O copo com espumante (é nacional, mas é bom!) fica para os amigos.

Saúde!!!

A falta que fazem os sentidos!

Regresso ao blogue após um afastamento que dura há longos dias devido a uma pequena cirurgia que infelizmente não correu da melhor forma, prova que até os melhores (médicos) falham.
E regresso tão só para registar um facto verdadeiramente espantoso: a aparição de um triunfante José Eduardo Moniz como paladino da liberdade da informação, ele que é o director duma estação de televisão que é o protótipo da produtora de lixo televisivo. O momento é, aliás, bem oportuno,visto que soube do aparecimento, nos ecrãs da TVI, do famoso vídeo sobre o caso Freeport, seguindo a estratégia da estação de, a conta gotas, ir destilando veneno sobre o tema.
As palavras proferidas por Moniz em contraponto com prática seguida pela estação que dirige, forçam-me a crer que José Eduardo Moniz é incapaz de distinguir o que é a liberdade e o que é informação. É como se lhe faltassem os sentidos da visão, do olfacto e do sabor. Se os possuísse facilmente distinguiria um naco de carne putrefacta, (tal é o produto da TVI, para não lhe dar outro nome) duma bela posta mirandesa que aqui serve de exemplo de uma informação digna desse nome.
Em contrapartida, anoto que, se, ao contrário do que se passa com aqueles outros sentidos, o Moniz ainda ouve bem, tal é um feito e tanto, pois nem toda a gente teria conseguido resistir à cegarrega da mulher. Eu, por exemplo, já há muito não resisto.

quinta-feira, 19 de março de 2009

"Napoleão" de saias ?

O PSD já conta com um "Napoleão" nas ilhas. Esta senhora, com mais esta bela anedota, parece querer tirar o exclusivo da mania das grandezas ao líder madeirense. Bom proveito lhe faça!

Jornalismo de referência ?

No "Sobe e desce" do "Público" de hoje, José Sócrates é presenteado com uma seta para baixo. Para se saber o motivo aqui fica a transcrição, que a arenga não é longa: "Anunciar uma medida como a redução das prestações da casa em 50 por cento no caso de famílias com desempregados parece uma boa ideia. Mas quando se fica a saber que a partir de 2011 todos os "beneficiados" vão começar a pagar logo o que ficou para trás, com o risco de aumentar muito o montante das prestações ainda em dívida, já o caso muda, e muito, de figura".
Não sei quem é o autor da prosa, que não vem assinada, mas não me admiraria muito se por ali tivesse passado a mão do director do "Público" que, na mesma edição, nos oferece um editorial sobre o mesmo assunto e que vai na mesma linha, com o título " O socorrista que pode ajudar a afogar os mais aflitos" e que, em resumo (do jornal), nos diz que "Aliviar o pagamento das prestações em ano eleitoral, mas permitindo que reapareçam mais tarde, mais altas e com juros, é tomar por parvo quem está aflito"
Parvos devem ser, na mente do Director do "Público", os leitores do jornal, para se permitir publicar duas peças deste jaez. Com efeito, só um parvo é que pode considerar que seria uma boa medida, o Estado substituir-se aos particulares no pagamento total ou parcial das suas dívidas. Na lógica do "Público" ou do seu director, hoje eram as prestações da casa, amanhã as contas da mercearia.
O director do "Público" não consegue ver que a medida, temporária e expressamente limitada aos agregados familiares com desempregados, é perfeitamente adequada à crise que se vive e que afecta principalmente os destinatários?
Se não consegue, é porque ele, não sendo parvo, faz questão de passar por tal.
"Público", jornalismo de referência ? Pois sim, que vou ali e volto já!

segunda-feira, 16 de março de 2009

Pre-anúncio da Primavera # 4

Par de Andorinhas-da-chaminé (Hirundo rustica L.)
(Para ampliar, clicar sobre a imagem)

Correntes

Cá vou eu na corrente "pág. 161, 5ª frase" tudo por culpa da MDSOL e do seu branco no branco, (que muito aprecio e de que sou fiel seguidor).
Toca, pois, a dar cumprimento à incumbência que é, muito simplesmente, "pegar no livro mais à mão e transcrever a 5ª frase da página 161".
Disse "simplesmente", mas a tarefa não se revelou tão fácil assim. Só à quinta tentativa é que encontrei a 5ª frase na página 161.
Aqui vai:
" As quantias em jogo poderiam ser consideradas baixas, se comparadas com outros jogos clandestinos da cidade, mas proporcionalmente aos ordenados eram altas".
(Gonçalo M. Tavares - Um Homem: Klaus Klump - A máquina de Joseph Walser).
A MDSOL que me desculpe se a corrente não tiver seguimento por este ramal, mas não quero dar uma tal trabalheira a mais ninguém. Pegar no livro, folheá-lo, encontrar a página 161 e a 5ª frase e transcrevê-la, é um trabalho de Hércules!

domingo, 15 de março de 2009

sábado, 14 de março de 2009

Exibição de folclore

Depois das manifestações e das greves, uma exibição de folclore !
Uma sequência com imaginação!
Diria mais, imaginação transbordante e a tal ponto que até pode dar origem a um crachá ainda mais interessante: "Contra as corporações, voto PS".
Que tal ?
(reeditada)

PS-1 + PS-2

[José Pacheco Pereira: Uma coligação do PS-1 (Sócrates) com um PS-2 (Alegre) in "Público", edição impressa, de 14-03-2009, citado aqui.]

Na linha do que escrevi aqui, no "post" La donna é mobile.
Pelos vistos, estou, por uma vez, de acordo com Pacheco Pereira.
Acontece!

Pre-anúncio de Primavera # 2

Pintarroxo (ou Pintarroxa em homenagem à Judite Freire) enchendo o peito de ar e a cantar
(Para ampliar,clicar sobre a imagem)

sexta-feira, 13 de março de 2009

La donna é mobile

O deputado Manuel Alegre exigiu hoje uma demarcação da direcção e do secretário-geral, José Sócrates, das declarações de José Lello, caso queira contar com ele nas listas de deputados às próximas legislativas.
Manuel Alegre, para não ir mais longe, comporta-se como uma prima donna, embora não seja tal. Estou convencido que Sócrates não lhe dará troco e por uma razão simples. Com ele na bancada parlamentar, seja qual for o resultado das próximas eleições, o PS não pode contar com ele, nem com o seu círculo de seguidores que ele decerto exigiria que o acompanhassem, para compor a sua pretensa "quota" no voto popular. Seria uma bancada desfalcada à partida. Assim sendo, mais vale prescindir da sua colaboração, até porque Manuel Alegre dificilmente será acolhido noutro grupo parlamentar. Nem o Bloco vai querê-lo, pois não tem garantida a fidelidade do voto. Para o Bloco, Manuel Alegre poderá ser útil, enquanto estiver no PS. Fora do PS, não lhe adianta nem atrasa. E Manuel Alegre, fora do PS, pode deixar de sonhar com a candidatura presidencial. Com as suas exigências de prima donna, Alegre corre o sério risco de ver terminada a sua longa carreira política. E já merece, digo eu!

Por falta de pontaria ?

Três anos, por falta de pontaria, não será pena excessiva ?
Eu acho.

Pre-anúncio de Primavera

(Para ampliar,clicar sobre a imagem)

quinta-feira, 12 de março de 2009

Eureka !

"Eis que a falha humana voltou. Ficou a saber-se por estes dias que foi uma 'falha humana' que semeou um ror de asneiras nos jogos instalados no computador Magalhães, jóia da coroa do 'choque', do plano e do 'pacto' tecnológicos."
João Paulo Guerra, "Diário Económico", 12-03-2009 (citado aqui)
Há séculos, que, de lanterna acesa, qual Diógenes, se procura um ser humano que nunca tenha errado. Encontrado finalmente ! Eureka !
Parabéns, João Paulo Guerra !

O "11 de Março" revisitado

A melhor forma de aceder ao crédito, diz ele. Mas como, se, numa tal situação, dinheiro é que nem vê-lo?
O "11 de Março" revisitado! Com um dia (e uns anos) de atraso.
Havia de ser bonito!

De verdade ... já cansa

De verdade o discurso de Manuela Ferreira Leite já cansa e de "verdade" nem sombra.
Senão vejamos:
Denuncia a senhora a discricionariedade de muitas medidas adoptadas pelo Governo socialista para combater a crise, porque “protegem determinado tipo de empresas”, mas não nos diz em que consiste a discricionaridade, nem a que empresas se refere.
“A actual crise não deve servir de pretexto para o Estado intervir nas empresas em dificuldades, tomando conta de tudo”, diz ela, mas de que empresas é que ela fala, sabido que o Estado apenas tomou conta do BPN, para evitar o descrédito do sistema financeiro português, medida que, aliás, mereceu, na altura, aplauso geral?
“O modelo assente na despesa pública e no consumo privado está esgotado”, insiste ela que considera também que só a aposta nas exportações e no investimento privado trará crescimento, económico.
A senhora ainda não terá ouvido falar nas medidas de apoio à exportação, incluindo os subsídios no âmbito dos seguros de crédito à exportação?
E, já agora, se os agentes económicos privados não investirem, como está a acontecer e é próprio de uma situação de crise, como é ? O Estado assiste impávido e sereno. A velha receita: o país pára !
Quid novi ?
(reeditada)

Arte pública


(Para ampliar, clicar sobre a imagem)

Título: Conquistador (?)
Autor: Jorge Pé Curto
Local: área de serviço na AE-6

terça-feira, 10 de março de 2009

Anúncio: explicadores, precisam-se

As consequências são, seguramente, as previstas na lei, pois, nesta matéria, o Ministério da Educação não tem poderes discricionários. Todavia, os deputados do PSD, não obstante os numerosos juristas que fazem parte da sua bancada, não a conseguem interpretar. São, por isso, necessários explicadores. Com urgência.
Aqui fica o anúncio!

Já não era sem tempo !

Já não era sem tempo, digo eu.
E, entretanto, o que terá a Anacom andado a fazer?

Firmeza recompensada

A firmeza de Portugal na exigência (com ameaça de veto) da aplicação de taxas reduzidas do IVA no preço das portagens das pontes sobre o Tejo foi bem sucedida, tendo os ministros das Finanças da União Europeia chegado hoje, em Bruxelas, a acordo para alterar a lista actual de derrogações à utilização de uma taxa normal do IVA, incluindo, na alteração, as referidas portagens.
Além do mais, importa sublinhar que, desta forma, termina o processo introduzido pela Comissão Europeia no Tribunal de Justiça da Comunidade Europeia contra Portugal por estar a aplicar a taxa reduzida de 5 por cento nas portagens das pontes sobre o Tejo.
(reeditada)

Ordem na casa, precisa-se

Ainda ontem, o Presidente do Banco Central Europeu (BCE) nos prometia um próximo regresso ao crescimento, afirmando existir "um número de elementos que sugerem que [nos] estamos a aproximar do momento da recuperação".
Hoje, Lorenzo Bini Smaghi, director do mesmo BCE, avisa que o banco não hesitará em reduzir a zero as suas principais taxas se a economia da zona euro ameaçar entrar em deflação.
Alguma coisa aqui não bate certo. No BCE, pelos vistos, ninguém se entende. Ordem na casa, precisa-se.
No mínimo!

Avifauna portuguesa # 31 Guincho-comum com plumagem nupcial

Guincho-comum (Larus ridibundus L.) com plumagem nupcial.

(Local e data da obtenção da imagem: Estuário do Tejo - Almada; 24-02-2009)
(Para ampliar, clicar sobre a imagem)

segunda-feira, 9 de março de 2009

De "bestiais" a "bestas" !

É bem verdade: "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades".
Vem isto a propósito dos comentários que a torto e a direito (mais a torto do que a direito) se vão tecendo sobre os empréstimos feitos pela Caixa Geral de Depósitos a alguns accionistas do BCP durante a guerra contra a administração do banco.
Não ouvi, na altura, qualquer crítica sobre a concessão de tais créditos e, no entanto, eles foram falados nos media. Pelo contrário, não faltaram louvores a tais accionistas que, unanimemente, eram considerados pela comunicação social, como excelentes investidores, tendo passado, pelo menos um deles, a ser solicitado para entrevistas em tudo quanto era jornal e televisão. Imagine-se que até de génio financeiro foi apelidado!
Girou a roda da fortuna, as acções caíram aos trambolhões, por razões que são conhecidas e que têm a ver com a crise financeira internacional e os geniais investidores passaram de "bestiais" a bestas: simplesmente, uns especuladores!
A Caixa Geral de Depósitos leva por tabela e aqueles negócios são agora criticados, havendo até quem afirme que foi posta em causa a credibilidade da Caixa.
Com toda a franqueza, não vejo como, nem porquê.
Aparentemente, os negócios em causa não diferem de milhares de outros que a Caixa celebra e, a meu ver, até faziam e fazem todo o sentido. Uma das boas práticas seguidas pelas instituições bancárias consiste na diversificação no que respeita à concessão de crédito, por forma a diminuir os riscos da excessiva concentração num ou em restritos sectores da economia. É dos livros, como qualquer gestor bancário poderá dizer. Ora, é sabido que uma boa parte do crédito concedido pela Caixa se concentra no crédito imobiliário e mais propriamente no crédito à habitação. Era assim e julgo que ainda é. Diversificar o crédito era, pois, uma correcta opção. E não me venham com a conversa de que se tratou de créditos de risco. De risco, como, se havia garantias? É verdade que os bens dados em garantia sofreram, entretanto, forte desvalorização, mas quem é que a adivinhava ? E risco, como, se, afinal, os devedores até tiveram meios para reforçar as garantias?
No meio desta "estória" toda há, no entanto, um aspecto que me não cheira bem: a transferência do presidente da administração da Caixa e de mais dois administradores que transitaram directamente para a administração do BCP. A responsabilidade, porém, cabe por inteiro aos accionistas do BCP, que assim o quiseram, e aos novos administradores, que aceitaram, pelo que uns e outros que se avenham com o cheiro. Não me parece bem, com efeito, mas querendo aqueles e estes, não havia maneira de o evitar. Acho eu.
Para a roda dar a volta completa, agora só falta mesmo é que a anterior administração do BCP, na altura atacada por todos os modos e feitios, (invocando-se, quer as operações com as off-shores, quer as escandalosas remunerações, prémios e regalias) seja elevada aos altares !
Já nada me admira!
Uma nota final para dizer que nem sempre as "boas intenções" dão bons resultados. O questionamento na praça pública (repito, na praça pública) dos negócios da Caixa, por parte dos partidos, por melhor que sejam as suas intenções, pode muito provavelmente vir a revelar-se desastroso para o banco público, pois a Caixa corre, agora sim, o risco de ver boa parte da sua clientela demandar outras paragens. Em boa verdade, pergunta-se, quem é o empresário a quem agrade ver os seus negócios discutidos publicamente? Tirar daqui as devidas ilações até não é difícil.

Mais um deprimido !

O Presidente da República, Cavaco Silva admitiu, hoje em Braga, estar “preocupado e até um pouco triste com a situação que o país atravessa”.
Não é caso único, seguramente, mas seria de esperar um pouco mais de optimismo por parte de um Presidente da República que, com mais este, vê aumentada a sua colecção de ditos dignos de Monsieur La Palisse. Ditos que são já suficientes para fazer um bom volume.
Mas também não é um caso isolado, reconhece-se.

Uma andorinha não faz a primavera ...

Diz o ditado e é verdade. Em todo o caso, a possibilidade, admitida pelo Presidente do Banco Central Europeu, de um próximo regresso ao crescimento e de se estar perto de um ponto de viragem, pode contribuir para amenizar a depressão generalizada, tanto mais que afirma existir "um número de elementos que sugerem que [nos] estamos a aproximar do momento da recuperação".
É só um comprimido, dir-se-á e é certo, mas é melhor que nada.

Perdoados ?

Perdoados? Mas como, se no texto da notícia se esclarece que "A DGCI irá agora concentrar esforços na recuperação de impostos retidos (...), que não foram alvo de entrega nos cofres do Estado, nem sequer foram declarados, existindo indícios de ocultação da verdade material" , esforços que, em 2209, irão incidir particularmente sobre os contribuintes com retenções superiores a 7500 euros.
Os contribuintes que não fizeram entrega de impostos retidos, pelo que se lê no desenvolvimento da notícia, não foram perdoados. Foram sim descriminalizados os contribuintes com dívidas inferiores a 7500,00€, por acto legislativo aprovado na Assembleia da República, medida de que se pode discordar, mas que é coisa muito diferente de perdoar, pois mesmo estes contribuintes serão penalizados com contra-ordenações e coimas. E, sublinhe-se, a operação de resgate fiscal continua.
Se continua, onde está o perdão?
Dê-se-lhe a volta que se lhe der, o título da notícia é falso. E ponto final.
Mas é o título da notícia que dá o tom aos comentários. Parabéns, pois, que o objectivo foi atingido: estes governantes são uns malandros ... E, todavia, são estes os governantes que maiores êxitos têm alcançado na luta contra a evasão fiscal, a ponto de haver quem os acuse de excessiva pressão fiscal. Vá lá o diabo entender esta gente !
Disse jornalismo de referência?
Ora bolas, digo eu.

Mais vale tarde...

A clareza nunca fez mal a ninguém e, seguramente, por esta forma, evitam-se muitos abusos.
A supervisão está a aprender com os erros do passado ? Assim parece. Ainda que seja um pouco tarde, mais vale tarde do que nunca !
E bem justificada é uma supervisão mais rigorosa, nos dias que correm, sabido que a imagem de seriedade associada à banca tem vindo a sofrer acentuado desgaste, com os maus exemplos que têm vindo a surgir, quer a nível nacional (ainda poucos), quer a nível internacional (onde já são muitos).

domingo, 8 de março de 2009

Os óculos escuros e a imagem

A culpa do dislate é dos óculos escuros que agora lhe plantaram. Graças à preocupação com a imagem dela, por certo. "Insultuosa" ? Nem tanto. Simplesmente ridícula, acho eu.

Dia da Mulher - Terras de igualdade

Felizmente, não vai ser caso único. Em Almada, a lista do PS à Câmara, encabeçada por Paulo Pedroso, vai também incluir tantas mulheres como homens.
"Almada, terra de igualdade", diz Paulo Pedroso. O Porto, pelos vistos, também.
Só posso aplaudir !

sábado, 7 de março de 2009

Um puxão nas orelhas !

Que distracção foi esta ?
Pôr (em título) o Presidente da República a pedinchar dinheiro no estrangeiro ?
Luciano Alvarez, cuidado ! Estás aqui estás a levar um puxão nas orelhas!

Jornal oficioso de Belém?

Este comentário de Luciano Alvarez publicado no PUBLICO.PT, prova, tal como já em tempos aqui se escreveu, que o "Público" ou toma para si as dores do Presidente da República, à revelia de Sua Excelência, ou se transformou, de vez, no jornal oficioso de Belém.
Diga-se que qualquer das hipóteses serve na perfeição a estratégia da direcção do "Público" (secundada, entre outros, pelo Luciano Alvarez) de "malhar" no Governo.
"Malhar" no Governo cai sempre bem, sobretudo se o "malhar" for em defesa de Sua Excelência. Boa malha !

Erros de palmatória

Os erros de português detectados (só agora!) no software associado à aplicação de um jogo instalada nos computadores Magalhães, são mesmo de palmatória!
Espera-se que as merecidas "palmatoadas" não se fiquem pela remoção do software (já pedida pelo Ministério da Educação, embora tarde) ou pela sua desinstalação (para o que já terão sido fornecidas instruções, não menos tardiamente). Isto, para que não se confirme, uma vez mais, que a culpa em Portugal tem tendência para morrer solteira e sobretudo para evitar que um escândalo deste tamanho se volte a repetir.
Post Scriptum:
Vejo por aí muito "boa alma" a rir "da estória", mas o caso não é para rir. É para chorar, acho eu.
Post Scriptum (II) :
Outras leituras da "estória": é seguir por aqui.

Avifauna portuguesa # 30 - Chamariz (Serinus serinus)

Chamariz (Serinus serinus L.)

(Local e data da obtenção das imagens: Troviscal - Sertã; 20-02-2009)
(Para ampliar, clicar sobre a imagem)(Reeditada)

sexta-feira, 6 de março de 2009

Quando um são três

Marcelo Rebelo de Sousa defende que Marques Mendes é a melhor opção do PSD para as europeias, mas ao mesmo tempo acha que tanto Marques Mendes como Pacheco Pereira ou Pedro Passos Coelho podem ser uma “surpresa excepcional” .
Chama um e, logo de seguida, soma-lhe mais dois. Parece que para o Professor Marcelo um é a igual a três. Com os malabarismos a que já nos habituou, será que ele pretende queimar três de uma só vez ?

Um prior heterodoxo

Com o pedido de desculpas dirigido à generalidade dos deputados, com excepção do ofendido, Paulo Rangel, líder parlamentar do PSD considera sanado incidente entre José Eduardo Martins e Afonso Candal.
Absolvição sem arrependimento e sem penitência, melhor fora que ficasse no segredo do confessionário. O prior escusava de cair no ridículo.
(reeditada)

Vá lá o diabo entendê-las !

Retomo o comentário sobre o projecto de lei sobre a união de facto apresentado pelo PS e que acabou por ser aprovado hoje com o voto favorável do PS, PCP e BE, com votos contra do PSD, do CDS e de três deputadas da bancada parlamentar do PS: Matilde Sousa Franco, Maria do Rosário Carneiro e Teresa Venda.
Suponho que as razões das três deputadas da bancada socialista não serão diferentes das invocadas pela direita parlamentar (PSD e CDS) e que se traduzem em considerar que a proposta regulamentação da união de facto significa uma "excessiva aproximação" ao regime do casamento.
Parece-me que esta posição parte dum equívoco que é o de continuar a atribuir ao casamento um carácter "sagrado", considerando-o um "sacramento". Ora, Portugal é um estado laico, não sendo pois admissível que, à face da lei, o casamento possa ser considerado como tal. E não é, de facto, pois não passa de um contrato, embora solene e com regulamentação especialíssima.
Afastado este equívoco, é caso para nos questionarmos se a aproximação da regulamentação entre o casamento e a união de facto é ou não justificável. Eu diria que sim, a todas as luzes, pois o que está em causa é a relação de convivência em comum estabelecida entre duas pessoas, resultante, no caso do casamento, de um compromisso assumido expressa e solenemente, mas que não diverge, na essência, do compromisso comprovado pela união de facto, convivência em comum que pode ser mais duradoura, nos casos de união de facto, do que a baseada no casamento. Lembro, a propósito, os casamentos celebrados in articulo mortis.
Se a relação derivada do casamento não tem, à face da lei portuguesa, outro fim essencial que não seja o estabelecimento de uma vida em comum e, nesse sentido, não difere substancialmente da relação comprovada pela união de facto, qual a razão para não atribuir a ambas as relações o mesmo tratamento no plano do direito?
Não vejo.
Mas já vi alegar que a regulamentação da união de facto constitui um atentado à liberdade individual. O argumento pode parecer impressionante, à primeira vista, mas é falacioso porque prova demais. Indo por essa via, teríamos também de questionar a regulamentação de toda e qualquer outra espécie de relação, incluindo a derivada do casamento.
A miragem do "bom selvagem" já lá vai há muito!

Pior a emenda que o soneto

O deputado do PSD, José Eduardo Martins pediu hoje desculpa aos deputados pelo palavrão que ontem dirigiu ao deputado socialista Afonso Candal, mas excluiu do pedido de desculpas o deputado ofendido.
Salvo melhor opinião, José Eduardo Martins, revelou, com uso (reiterado) de palavras menos próprias, que é uma pessoa "grosseira" e que não dignifica o Parlamento onde tem assento e, por outro lado, com este pedido de desculpas, mostra ter uma mentalidade de menino birrento e mesquinho.
Se, num momento de tenção, é admissível o descontrolo emocional, a atitude posterior e "a frio"de excluir, ostensivamente, do pedido de desculpas a quem se ofendeu com palavras soezes, é inadmissível.
Eu diria até que foi "pior a emenda que o soneto".

Sondagem: PS e PSD em queda; PCP e BE na maior

A crise parece estar já a fazer mossa ao PS que, de acordo com o barómetro Renascença/SIC/Expresso, da responsabilidade da Eurosondagem, divulgado hoje e aqui comentado, desce novamente na intenção de voto dos portugueses, fixando-se as intenções de voto a seu favor nos 39% (descida de 1,3%), mantendo, no entanto, uma larga vantagem sobre o PSD que mantém o segundo lugar, mas que, surpreendentemente (ou talvez nem tanto) também baixa, fixando-se nos 28,3% (descida de 0,8%).
Em contrapartida sobem as intenções de voto, quer no Bloco de Esquerda (10,4%, com subida de 0,3%), quer no PCP (9,6%, com subida de 0,8%). Mérito próprio, ou demérito da concorrência? Ou antes prova de que, algumas vezes, a demagogia compensa ?

quinta-feira, 5 de março de 2009

A doutrina Silva Lopes

A doutrina Silva Lopes de congelamento e redução de salários e pensões já está a fazer o seu caminho.
Cabe à PT a "honra" de dar o tiro de partida.
E não lhe fica bem, convenhamos.

Vá lá o diabo entendê-los !

O PSD e o CDS estão contra o projecto de lei do PS que propõe o reforço da protecção para os que escolhem viver em união de facto, porque constitui uma “aproximação excessiva” ao casamento.
E qual é o problema ?
O casamento e a união de facto, são (um e outra) o resultado de um acordo entre os sujeitos da relação. Divergem apenas quanto à formalização.
Os sujeitos de uma união de facto merecem ter menos protecção do que as pessoas ligadas pelo casamento, em nome de quê ? Pergunto, porque não vejo. Será que o "papel passado" tem a virtualidade de transformar a água em vinho ?
Vá lá o diabo entendê-los !

Escrito do dia

"Diz mal de tudo, mas recusa-se a contribuir com algo de positivo. A ideia parece funcionar e dá alguma audiência, mas na verdade é bastante incongruente. O Bloco esforça-se imenso por ganhar votos, mas depois não faz nada com eles. É, na verdadeira acepção da palavra, um partido inútil."
(Leonel Moura, in VISÃO, nº 835)

Tem boa companhia

O homem é um ditador que bem merece ser julgado por crimes de guerra e por crimes crimes contra a humanidade, pelo que se tem passado no Darfur.
Mas, ao recusar a jurisdição do TPI está, infelizmente, em boa companhia. Dos Estados Unidos, para não ir mais longe. Hélas !

Mais uma "má" notícia

Lá vai mais uma a subir as escadas do Palácio de S. Bento, para prestar explicações, a requerimento do PCP !

Preso por ter cão ...

... e preso por não ter.
Se uma empresa vai à falência com todo o cortejo de consequências negativas ao nível do tecido produtivo do país, incluindo o mais grave que são os despedimentos: aqui d'El rei !
Se uma empresa, como a GALP, apresenta lucros, garante que não haverá despedimentos, e propõe-se continuar a investir milhares de milhões de euros (mais precisamente, 5,2 mil milhões de euros) há que pedir-lhe explicações.
É muito difícil ser prior nesta freguesia, como diria o outro. Lá isso é !

quarta-feira, 4 de março de 2009

Quando a boca lhes foge para a verdade

Política? E eu a julgar que estávamos perante uma investigação criminal !
De vez em quando, aos media foge-lhes a boca para a verdade. Neste caso, pelos vistos, a intenção é fazer "política" à sombra de uma investigação criminal. Não é novidade, mas agradece-se a confirmação.

Aí é que tu te enganas ...

Baptista-Bastos* (com hífen, que é mais tipo laço) um plumitivo que "tem alta ideia de si próprio" (para usar uma expressão da sua lavra) escreve aqui que "Vital Moreira, troféu de última hora, não me parece capaz de conquistar um só voto".
Ora, até aqui ele se engana. O meu voto, por exemplo, já ele o conquistou e o meu voto não conta menos que o do -Bastos (o hífen vem sempre atrás!).
*Foi por um triz. Ia-me esquecendo do "p" de "Baptista".

"Portugal de Verdade"

Se o critério do "candidato com vitória garantida" for seguido pelo PSD em todas as autarquias (e não se vê razão para a excepção de Leiria) a "concorrência" está tramada, mas fica o problema da simultaneidade das eleições legislativas e autárquicas resolvido: Dispensam-se estas!
"Portugal de Verdade" ? Está bem, abelha !

De mãos a abanar...

Depois dos anúncios entusiásticos na imprensa de ontem que quase antecipavam a resolução do problema da Quimonda, por iniciativa do Presidente da República durante a sua visita à Alemanha, vai-se a ver e o resultado final é: Cavaco Silva não está “em condições de afirmar algo positivo e com alguma certeza em relação a essa grande preocupação”.
Não me regozijo, como é óbvio, com o facto de o Presidente da República vir de mãos a abanar, nesta questão. Pelo contrário, mas julgo que um pouco de realismo e de sentido das proporções não fariam mal a ninguém. Nem à imprensa mais dedicada a Belém, até porque o Presidente, mais realista, não alimentaria, estou certo, grandes expectativas.
E, quando assim é, a louvaminha torna-se contraproducente. Acho eu.

Os trabalhos de um contribuinte ou o absurdo da estória

A estória vale a pena ser contada, indo à fonte:

"A Direcção-geral dos Impostos (DGCI) anulou todos os benefícios fiscais que um contribuinte pensionista e portador de deficiência usufruía, alegando que este tinha uma dívida de 1,97 euros de Imposto Municipal sobre a Transacção de Imóveis (IMT), o imposto que em 2003 substituiu o imposto de Sisa.
A dívida, no entanto, não existia, mas o contribuinte viu-se obrigado a contratar um advogado e a colocar uma acção no Tribunal Administrativo e Fiscal de Viseu para ver a sua situação resolvida, o que veio a acontecer já este ano, com a própria administração fiscal a dar-lhe razão.[...]
O processo começou no final de 2004, quando um contribuinte em Lamego adquiriu uma casa para sua habitação. Mas foi já em 2005 que o calvário com a administração fiscal se começou a desenrolar. Na primeira metade de 2005 e ainda dentro do prazo legal, o contribuinte dirigiu-se à sua repartição de finanças e requereu que lhe fosse concedida isenção do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) [...]. Antes disso, já as finanças lhe haviam exigido o pagamento do IMI referente à casa que adquiriu, bem como o IMI de um terreno que também possuía, em ambos os casos referentes ao ano de 2004. No total, a DGCI exigia o pagamento de 3,94 euros de IMI pelo terreno, e quase 300 euros pelo IMI da casa. Como a soma das duas parcelas ultrapassava os 250 euros, o imposto deveria ser pago em duas prestações, uma em Abril e outra em Setembro, tal como está estabelecido no Código do IMI.
Perante esta liquidação de imposto o contribuinte tentou saber se teria de pagar a totalidade da primeira prestação, ou se teria apenas de pagar metade do valor (1,97 euros) relativo ao IMI do terreno.
[...] A resposta no serviço de Finanças foi taxativa: como já tinha sido entregue o pedido de isenção de IMI referente à casa que adquiriu em 2004, não teria de pagar o imposto; quanto ao IMI do terreno, como o valor era inferior a 10 euros, também não teria de pagar. De facto, o número 6 do artigo 113 do Código do IMI determina que "não há lugar a qualquer liquidação sempre que o montante do imposto a cobrar seja inferior a 10 euros".
Ainda assim, e por cautela, o contribuinte apresentou uma reclamação nas finanças pelo facto de lhe ter sido liquidado IMI referente à casa de habitação. Já no final de 2005, foi aceite a isenção de imposto referente à casa e foi feita a respectiva revisão da liquidação, sendo-lhe agora apenas exigidos três euros e 94 cêntimos relativos ao IMI do terreno a pagar em duas prestações de 1,97 euros. Começavam de novo as deslocações às Finanças.
Perante a nova liquidação de IMI, agora apenas referente ao terreno, o contribuinte foi ao seu serviço de finanças para efectuar o pagamento. Mais uma vez foi-lhe comunicado que "não há lugar a qualquer liquidação sempre que o montante do imposto a cobrar seja inferior a 10 euros."
Mas o assunto ainda não estava encerrado. Já no início do ano passado, o contribuinte é confrontado como a instauração de um processo de execução fiscal por uma dívida de 3,94 euros respeitante ao IMI do terreno referente a 2004. O contribuinte pagou este valor e pouco mais de nove euros de juros. Assunto encerrado? Não.
Mais tarde, ainda em 2008, é confrontado com uma dívida de 1,97 euros referente à segunda prestação de IMI relativa ao terreno e em referência ao ano de 2005. No final do ano passado dirigiu-se ao serviço de finanças e pagou. Mas nem assim, mais uma vez, o assunto ficou encerrado.
[...] Já na segunda metade do ano passado, dois despachos da DGCI determinam que fossem anuladas os benefícios fiscais de que goza o contribuinte pelo facto de existir uma dívida de 1,97 euros em 31 de Dezembro de 2007.
Os benefícios em causa dizem respeito à isenção de IMI sobre a casa adquirida em 2004 e à redução do rendimento declarado pelo contribuinte, pelo facto de ser portador de deficiência. Como foram anulados os benefícios, a DGCI efectuou uma nova liquidação de IRS referente aos rendimentos de 2007, agora, já sem incluir os benefícios fiscais.
Perante estes factos, o contribuinte contratou uma advogada que colocou uma acção no Tribunal Administrativo e Fiscal de Viseu onde pedia a anulação dos despachos que inviabilizavam a utilização dos benefícios fiscais e levaram a uma nova liquidação ao contribuinte. A advogada em causa, [...] confirmou ao PÚBLICO a existência do processo e que já foi notificada de que o fisco, no âmbito do processo já tinha dado razão ao seu cliente.
O Ministério das Finanças, por sua vez, confirma que a situação "está resolvida, por um despacho do Director-Geral, que concordou com a informação prestada pelo serviço competente. Pelo que o contribuinte em causa não sofrerá qualquer prejuízo e poderá exercer, sem qualquer limitação, todos os seus direitos em matéria tributária, não sendo por isso necessário que recorra a tribunal para os fazer valer". Segundo a mesma fonte, "a DGCI não tem qualquer conhecimento de situações semelhantes", adiantando que "não houve deficiência de sistema, tendo ocorrido uma circunstância atípica que gerou esta situação".
A estória só não é exemplar porque não é única. Infelizmente, casos absurdos na relação entre contribuintes e a administração fiscal são frequentes mesmo em relação a contribuintes extremamente cumpridores. Estando em causa importâncias perfeitamente ridículas, o simples bom senso aplicado à máquina fiscal deveria ter posto termo à estória, logo ao primeiro contacto com o contribuinte. Ora não tendo sido assim, a DGCI deveria, antes de mais, esclarecer qual foi a "circunstância atípica" que gerou a situação. Para lhe pôr termo de vez, por forma a que o absurdo não volte a acontecer.
É pedir muito. Eu sei.

terça-feira, 3 de março de 2009

Democracia à moda deles

O Conselho de Fiscalização do Serviço de Informações é constituído por personalidades eleitas pela Assembleia da República, por uma maioria superior a dois terços. Não obstante este facto e segundo esta notícia, entendem o PCP e o Bloco de Esquerda que tais personalidades representam "apenas o PS e o PSD". E isto "independentemente da honorabilidade das pessoas que o compõem que está acima de qualquer suspeita", afiança o bloquista Fernando Rosas.
Mas se assim é, que raio de conceito têm eles de democracia ? Pergunto eu.

Quem me dera !

Incapaz de suscitar qualquer espécie de entusiasmo e, por isso, invejosa do sucesso alheio, eis o que ela queria dizer: Quem me dera !

Arte urbana em Almada # 4

Auto-retrato do writer ?

Zangam-se as comadres ...

Arte pública em Almada #11

(Para ampliar,clicar sobre a imagem)

Escultura em mármore
Título: (?)
Autor: Jorge Pé Curto;
Local: Almada - Pombal - Rua Ramiro Ferrão.

Crise económica: Guia para "cegos"* # 7

*Cego é quem não quer ver ... que a crise económica é global.
E, em França, as coisas não vão melhor: Défice público francês deverá derrapar 5,6 por cento este ano
Infelizmente, a série de "boas" notícias não pára:
Para "cegos", o culpado de tudo isto é o Sócrates. Muito poder tem este homem !
(Reeditada)

segunda-feira, 2 de março de 2009

Mais um chuto para as pitas*

(Pita ou piteira, planta da espécie agave americana)


Este SOL não acerta uma.
Noticiava o SOL, no sábado passado, com destaque, que houve um ataque de pirataria informática ao computador de um dos procuradores titulares do inquérito ao caso Freeport que investiga alegadas suspeitas de corrupção e tráfico de influências relacionados com o licenciamento do outlet de Alcochete.
Hoje, o Procurador-Geral da República garante que "não houve qualquer violação do sistema informático" da PGR/Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), embora tenham sido "detectadas tentativas de intromissão".
O SOL, porém, não se dá por achado e titula por esta forma ("PGR admite «tentativas de intromissão» no sistema informático") a notícia sobre o desmentido, como se "tentativa de intromissão" fosse exactamente o mesmo que "ataque de pirataria". Não haverá lá pela redacção nenhuma boa alma que esclareça o arquitecto Saraiva sobre a diferença entre tentativa e acto consumado ?
***********
(*"Chutar para as pitas" é expressão que aprendi no Algarve, quando por lá vivi uns bons anos e suponho que ainda estará em uso.)

Heranças de Bush...

Ainda há dias era noticiada uma investigação sobre o papel que algumas figuras seniores da hierarquia militar dos Estados Unidos teriam desempenhado no desaparecimento de 125 mil milhões de dólares canalizados para a reconstrução do Iraque, e dos quais ninguém sabe prestar contas. (É obra!)
Hoje surge o anúncio de que CIA revelou ter destruído quase uma centena de gravações de interrogatórios a suspeitos de terrorismo, um número muito acima do inicialmente admitido.
As heranças do Presidente Bush começam a aparecer à luz do dia e é mais que provável que outras irão surgir. Não menos certo é que os "bushistas" cá do sítio (Fernandes, Pacheco e tutti quanti) vão engolir estas e outras, sem pestanejar.

E vão dois ...

Depois do inquérito sobre a investigação do caso Freeport, o Conselho Superior do Ministério Público (CSMP) decidiu hoje abrir outro inquérito para apurar as razões "para os longos períodos de ausência de movimentação do processo" criminal que envolveu, nomeadamente, o presidente da Câmara de Braga.
Finalmente, o Conselho Superior do Ministério Público parece determinado a pôr termo a um Ministério Público em roda livre. Já não era sem tempo, pois o actual estado de coisas (que não é de agora) é desprestigiante para uma magistratura que é um elemento importante na estrutura do Estado de direito.
Infelizmente, noto que o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público e o seu vitalício presidente têm convivido bem com tal situação, o que, diga-se, é estranho, pois não se cansam de reclamar pela dignificação do M.P., mas, pelo que me é dado ver, só acordam para o tema quando estão em causa os privilégios da classe, nem sempre justificados, diga-se.

Crise económica: Guia para "cegos"* # 6

*Cego é quem não quer ver ... que a crise económica é global, ou (para utilizar as palavras do director do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI, Nicolas Eyzaguirre, na sua intervenção na XIX Cimeira Ibero-Americana de ministros das Finanças, que decorre hoje no Porto) que ... "Esta é uma crise muito severa e verdadeiramente global, como se nota pelo colapso do comércio internacional e da produção industrial em todo o mundo ".
A série é para continuar já que as "cataratas", pelos vistos, custam a remover.

Obrigado, senhor Silva...

Dirá o Alberto João que, graças a este veto, vai continuar a dispor de uma "folha" para expor o seu "pensamento" (sim, pensamento, repito, que o líder madeirense até já foi convidado do "Clube de Pensadores") e vai também poder gastar mais uns milhões, à custa dos "cubanos".
Quem é amigo, quem é?
Os amores florescem onde menos seria de esperar. É primavera, ou quase, está visto!
Adenda 1:
O CDS também se mostra venerador e agradecido. Não percebo porquê, mas não é caso virgem. Adiante, que a procissão ainda vai no adro.
Adenda 2:
Bem dizia eu que a procissão ainda ia no adro. O PCP acaba de se juntar à procissão, pois também a ele agrada o veto, ainda que as razões, segundo afirma o deputado comunista Bruno Dias, sejam diferentes das de Cavaco Silva. O Presidente "malhou" no Governo? Sim ? É o que importa !
Adenda 3:
O sindicato dos jornalistas, pela voz de Alfredo Maia vai atrás na procissão, seguindo his master voice. Nada que surpreenda.

E se uma vez ...

...para variar, Louçã tiver razão ?
Parece-me ser o caso quando critica o ministro das Finanças quando este declara ser contra os 'offshores', mas acha que o caso da Madeira é menos grave porque ainda há regras e Lisboa tem capacidade de supervisionar as suas operações.
E mais razão terá ainda quando, no mesmo passo, critica os dirigentes europeus que muito têm falado contra os paraísos fiscais, mas pouco ou nada têm feito para acabar com eles. E não faltam razões para tal, pois é evidente, até para um leigo, que os 'offshores' constituem um "cancro" que tem afectado a saúde da economia mundial, para além de constituírem formas de iniquidade fiscal.
É certo que a questão não é de fácil resolução e, seguramente, a acção isolada da União Europeia não terá a virtualidade de lhes pôr termo, mas alguma coisa poderá ser feita. Desde logo a procura de um consenso com os Estados Unidos e o estabelecimento de restrições a países que os mantenham ou até a empresas (em concursos, por exemplo) que a eles continuem a recorrer.
Julgo que não faltarão peritos com capacidade para dar sugestões sobre a forma de desatar este nó que só é cego, enquanto não houver vontade política a nível global para o resolver. E é mesmo a nível global que tem de ser resolvido, pois os seus malefícios reflectem-se também a nível global, enquanto que os benefícios aproveitam apenas a alguns (os países onde estão sediados e os seus clientes).

Sempre é um comprimido!

Aleluia, digo eu, que um investimento destes sempre ajuda a lutar contra a depressão instalada.
Haja mais comprimidos destes!

A Caixa que se cuide...

Informa-se aqui que a CGD, bem como o BES e o BCP estão disponíveis para apoiar o investimento em painéis solares, no âmbito do programa de incentivo à utilização de energias renováveis junto do sector residencial.
Do BES e do BCP não curo, pois trata-se de bancos privados que farão os negócios que muito bem entenderem.
Agora, em relação à Caixa, recomenda-se muito cuidado em meter-se em mais este negócio. É que nunca se sabe se vai chover ou se vai fazer sol. E se vier chuva molha-se, pela certa. Não faltará um Louçã para questionar a bondade do negócio. E com "razão", pois se é culpada por não ter previsto a descida generalizada dos títulos em bolsa, mais culpada será se não tiver antecipado a chuva. É que, se a baixa das cotações é imprevisível (nem os analistas conseguiram tal feito) para prever a chuva, a Caixa sempre pode contar com a ajuda (nem sempre fiável, é certo) dos meteorologistas.
Pelas críticas que se têm ouvido, em negócios da Caixa, todo o cuidado é pouco. A Caixa que se cuide, pois...
Se, com tantos cuidados, tiver de fechar as portas, no problem, dirão os entendidos em demagogia.

domingo, 1 de março de 2009

Avifauna portuguesa # 29 - Andorinha-das-chaminés

Andorinha-das-chaminés (Hirundo rustica L.) subespécie europeia (Hirundo rustica rustica)

(Local e data da captação da imagem: Troviscal - Sertã; 21-02-2009)
(Para ampliar, clicar sobre a imagem)