sexta-feira, 26 de junho de 2009

Negócio Prisa/PT: o veto

Compreendo as razões do Governo, mas discordo da decisão, por uma razão simples: embora o veto constitua uma prova irrefutável de que o Governo não pretendia interferir na linha editorial da TVI, de pé permanecerá a suspeita. É a vantagem de toda e qualquer suspeição quando não baseada em provas. Quem lança a suspeita sabe que assim é e que não há maneira de dar a "volta ao prego". Por isso mesmo, julgo que melhor fora que o negócio fosse concretizado (se, como parece, era vantajoso para ambas as partes) e que se deixasse que os factos se encarregassem de demonstrar, a posteriori, que a suspeição lançada não tinha fundamento.
Adenda:
Não foi preciso esperar muito para confirmar que os pais da suspeição (a arma dos cobardes) não iam ficar calados: Para MFL o veto do Governo serve apenas para defender a imagem, como se não fosse ela a primeira (ir)responsável pela tentativa de a enlamear.
Para o CDS, o Governo deixou de ter interesse em que a PT compre a TVI só depois de saber que o director-geral daquele canal "não sai". E não sai mesmo ?
Para os partidos da direita, pelos vistos, é-se "preso por ter cão e preso por não ter". Começo a ficar enojado! Desculpem o desabafo, mas tudo deve ter limites. Até a pouca vergonha !

2 comentários:

S.G.S. disse...

então não se puseram a clamar que a senhora não dizia nada? Agora aturem-na (ou eliminem o escriba...)

Anónimo disse...

Nesta nossa paróquia, em que até o Presidente da República que até quer saber se as couves que se vendem entre paroquianos tem lagarta, não me espanta que certos políticos e comentadores se centrem em José Eduardo Moniz, como o tal grande activo da TVI.
Sem interesse na discussão está a razão que o fez o tal activo. E não o digo por aquilo que pomposamente se diz linha editorial ser claramente anti Socrática (parcial diria eu mas adiante), mas por ter descido o nível cultural deste povo, explorando o que de mesquinho temos como qualquer povo, só para conseguir audiências. Entretanto, discutem-se os activos como só aquilo que dá dinheiro, menosprezando o preço pago em invisiveis.
Senhores da comunicação social,haja tino! Acordem.
Zé Mário