Sou contra o voto obrigatório, porque o voto, antes de ser um dever (que também é) é um direito que o cidadão pode exercer ou não, no uso da sua liberdade. Todavia, quando, por um lado, constato que às 12,00 horas de hoje apenas haviam votado 11,8 por cento dos eleitores inscritos (em comparação com os 14,2 por cento verificados nas anteriores eleições para o Parlamento Europeu, em 2004) e quando verifico, por outro lado, que há eleitores como Tomás Vasques e outros, que conheço, que, para votarem, têm de percorrer 600 km ou mais, sou levado a concluir que há CIDADÃOS e cidadãos, pois que, se é verdade que a cidadania não se esgota em votar no dia das eleições, certo é também que o voto é, sem dúvida, a mais genuína forma de exercício de cidadania, porque é também o modo mais livre de cada cidadão manifestar a sua vontade e de exprimir o seu pensar.
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