segunda-feira, 10 de setembro de 2012

A carta de alforria


Reconhece o "Público" em editorial, na edição impressa de hoje, que António José Seguro (AJS), ganhou carta de alforria, com as últimas medidas anunciadas por Passos Coelho. Concordo, embora, a meu ver, a carta de alforria já estivesse à disposição de AJS há mais tempo e, designadamente, a partir do momento em que este (equivalente a) primeiro-ministro e o seu governo se propuseram "ir além da troika". O PS, se é que estava vinculado ao memorando, dúvida que alimento por razões que em tempos já explicitei, deixou de o estar a partir dessa altura.
Seja como for, assentemos que, a partir de agora, AJS tem mãos livres para defender a política que considerar como a mais adequada à defesa dos interesses do país e do povo português. Se até agora se podia considerar tolhido pelos compromissos anteriormente assumidos,  agora, livre desses compromissos, terá que abandonar a comodidade de se refugiar no álibi do memorando e terá de mostrar o que vale, enunciando o caminho que o PS pretende trilhar. 
É, a meu ver, a sua última oportunidade! Ou a aproveita, ou então que dê o lugar a outro.
(Ilustração daqui)

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