terça-feira, 11 de setembro de 2012

Carta aberta dirigida a um(a) pedra de gelo


O Eduardo Pitta publica no seu "Da Literatura" uma "Carta ao primeiro-ministro de Portugal" da autoria do escritor e ensaísta Eugénio Lisboa, sobre a situação que se vive no país. Trata-se, para além do mais, duma belíssima peça literária, comovente até, como já alguém disse, acessível através do link supra e que eu subscreveria na íntegra.
Tal como o autor, também não acredito que a carta  produza qualquer efeito, não só pelas razões que Eugénio Lisboa invoca, mas também porque é dirigida a um(a) pedra de gelo* que nem ao calor do sol da Manta Rota consegue derreter, quanto mais num gabinete alcatifado e bem aclimatado do Palácio de S. Bento.  
Eugénio Lisboa diz que, apesar disso, a escreveu para ficar de bem com a sua consciência. Ao dar notícia dela, acho que posso dizer o mesmo.
(* A insensibilidade do "pedra de gelo" é simplesmente chocante. Veja aqui.) 
(Ilustração daqui)

1 comentário:

Anónimo disse...

Cheguei a Lisboa há escassas horas e apanhei uma seca de duas horas a ouvir um supositório com pernas.
Isto está bonito, está...
Abraço