Agora deu-lhe para citar Camões:
Daqui fomos cortando muitos dias/Entre tormentas tristes e bonanças/No largo mar fazendo novas vias/Só conduzidos de árduas esperanças./C’o mar um tempo andámos em porfias/Que, como tudo nele são mudanças/Corrente nele achámos tão possante/ Que passar não deixava por diante’”.
Bem mal empregue tão bela estrofe para chegar uma réplica tão pífia, quanto a destempo e desmodo:
Daqui fomos cortando muitos dias/Entre tormentas tristes e bonanças/No largo mar fazendo novas vias/Só conduzidos de árduas esperanças./C’o mar um tempo andámos em porfias/Que, como tudo nele são mudanças/Corrente nele achámos tão possante/ Que passar não deixava por diante’”.
Bem mal empregue tão bela estrofe para chegar uma réplica tão pífia, quanto a destempo e desmodo:
“Camões fala-nos aqui de uma corrente que nos arrasta para trás e que é mais poderosa do que os ventos que nos impelem para a frente. Mas hoje em Portugal, se é certo que não podemos subestimar a corrente em que o navio português foi posto - até porque estamos todos os dias a sentir dolorosamente a sua força -, também temos de reconhecer que há ventos favoráveis a soprar nas nossas velas”.
O chefe do "Governo [que] age desvairado" deve estar a tomar por "ventos favoráveis" alguma corrente de ar existente lá para os lados de São Bento. Só pode!
(imagem daqui)
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