Há pouca gente, se é que ainda há alguma, a acreditar nas previsões em que o actual governo se baseou para elaborar o Orçamento do Estado para 2013.
Trata-se, manifestamente, de gente de pouca fé e aí estão os números do desemprego divulgados hoje pelo Eurostat a confirmar que o governo não só alcança as metas previstas como até as consegue ultrapassar ainda antes de a execução orçamental referente a 2013 ter sido iniciada. Com efeito, a taxa de desemprego em Portugal, segundo o Eurostat, atingiu já, em Outubro, os 16,3%, valor que está para além das "melhores" previsões do governo.
Não há dúvida, pois, de que o programa de ajustamento a caminho do empobrecimento preconizado por Passos Coelho vai de vento em popa. Pelo menos, para quem, como Coelho, defende um "ajustamento" quanto mais rápido melhor. À velocidade imprimida por Passos Coelho, não tarda que Portugal bata no fundo. Isto, admitindo que até para um fundamentalista da austeridade, como Passos Coelho, o poço tem fundo. Do que, se me é permitido, duvido cada vez mais. De facto, o fanatismo de Coelho e de Gaspar e a inércia de Cavaco não me consentem outra visão.
1 comentário:
Já não se trata de poço sem fundo, Francisco. Estamos mas é próximos de bater numa parede, depois de um violento despiste.
Bom fds
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