Com um governo em degradação acelerada e o país em risco de afundação, em Belém, o "padrinho" ressona.
Tão alto vai o ressonar do inquino de Belém que até o insuspeito Vasco Pulido Valente já se apercebeu do facto:
'O dr. Cavaco Silva, que, segundo corre por aí, é o Presidente da República, desapareceu. Não se vê na televisão. Os jornais não falam nele. Anda calado como um rato e escondido atrás de uma cortina. A populaça supõe que o bom do homem continua em Belém a olhar para o Tejo e a contar navios. Mas não tem a certeza. Há gente, armada de binóculos, que o tenta descobrir sem o mais vago resultado. E há gente que perde o seu tempo e a sua paciência a especular sobre o que lhe sucedeu, se de facto lhe sucedeu alguma coisa. Já se demitiu sem ninguém saber? Emigrou? Caiu num poço? É um grande mistério. Por assim dizer, um mistério histórico. Um facto é certo: Portugal elegeu um senhor magrinho para resolver os sarilhos da pátria e, agora que precisa dele, ele não está cá.'
(Vasco Pulido Valente, na edição de ontem do Público; Extracto repescado aqui)
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