terça-feira, 13 de novembro de 2012

Estão à vista os alicerces da "refundação"



Está à vista o início da "refundação" do Estado prometida por Passos Coelho. 
Como qualquer outra "refundação", também a promovida por este governo passa pela destruição do que existe (neste caso, o Estado social) e pela construção de algo de novo que, tendo em conta os primeiros alicerces (o reforço em 10,8% das verbas destinadas às forças de segurança, tendo como contrapartida, cortes em todas as restantes áreas da governação) só pode ser a construção dum Estado policial.
Os números são tão expressivos que não dá para enganar. Aliás, se dúvidas houvesse, temos a palavra do ministro que tutela as forças de segurança (o da Administração Interna) a confirmar que esse é o caminho. Legal ou não, que disso não cura um ministro da Administração Interna, num Estado policial, "as forças de segurança vão continuar a utilizar câmaras de vídeo portáteis para monitorizar as manifestações sempre que necessário" dispensando-se de "fundamentar essa utilização junto da Comissão Nacional de Protecção de Dados".
Num Estado "refundado" à moda deste governo, o respeito pela Constituição e pela lei não passa dum dispensável preciosismo. Como, aliás, se tem visto.
(Imagem daqui)

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