Que sentido faz a criação duma comissão eventual para a reforma do Estado, se nem o governo, nem a maioria par(a)lamentar que a pretende criar, apresentaram ainda qualquer documento ou qualquer proposta sobre a matéria?
A menos que a ideia seja a de debater os cortes propostos no relatório dito do FMI, mas encomendado pelo governo. Se assim for, à comissão deveria ser atribuída a designação de "comissão de cortes", como diz o líder da bancada parlamentar do PS, Carlos Zorrinho e, nesse caso, faz todo o sentido que os partidos da oposição se recusem a participar na palhaçada.
O dito não significa que os partidos da oposição se devam abster de participar num debate sério sobre a reforma do Estado ou que, inclusive, não possam e não devam as forças da oposição, tomar elas próprias a iniciativa de o promover, no Parlamento e fora dele, se entenderem que esse debate faz sentido. Se entenderem o contrário, que o digam claramente para ver se a gente se entende.
2 comentários:
É mais uma cena bem ilustrativa da cobardia deste governo que se esconde atrás do biombo e depois acusa os outros de serem responsáveis pelas decisões que ele próprio toma.
Espero que o Seguro os mande dar uma grande curva!
Mais uma farsa
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