«(...) O agora primeiro-ministro de Portugal defende-se afirmando que desconhecia, na altura, a obrigatoriedade dos pagamentos. Acrescenta que já tinha sido informado "oficiosamente" em 2012 sobre dívida em causa (mas não revela a fonte, dizendo que nunca foi notificado oficialmente). E termina dizendo que pretendia pagar o que devia (embora a dívida já tivesse prescrito) depois de sair do Governo. Tendo em conta que se candidatará confiante a uma nova legislatura, a Segurança Social poderia contar com o acerto de contas lá para 2019. Isto, obviamente, caso Passos Coelho não continuasse a sua carreira política pós-Governo, assumindo um outro qualquer papel relevante à sua escolha. Independentemente de ter declarado todos os seus rendimentos ou não, certo é que os valores mínimos de contribuição não foram entregues. E quando Pedro Mota Soares, ministro da Segurança Social, salta para a praça pública defendendo que Passos Coelho foi uma "vítima de erros da Administração", temos a certeza de que este Governo não cumpre os mínimos exigíveis para quem quer ser levado a sério.(...)»
(Miguel Guedes - "Amadorismo, desconhecimento e memória". Na íntegra: aqui. Destaque meu.)
1 comentário:
Já tinha lido. Na mouche!
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