Os venezuelanos já têm o seu Presidente eterno. Não os felicito, mas já que assim o decidiram que o aturem. Se o conseguirem. Do que duvido. Em todo o caso, bom proveito lhes faça.
8 comentários:
Anónimo
disse...
Isto, é ao que o seu amigo Sócrates aspiraria. Vamos a ser comedidos!
O homem lá terá os seus defeitos, mas para ser reeleito precisa de 3 coisas:
PRIMEIRO: - candidatar-se o que pode dar algum trabalho;
SEGUNDO: - Fazer campanha eleitoral o que enerva e desgasta um pouco;
TERCEIRO: Ganhar as eleições e tomar posse, o que pode estar facilitado por ter o poder de pretérito.
Enquanto isto acontecer nestes cânones, há parecenças com uma democracia.
Quem não estiver de acordo com ele, vai ter de aguentar muito, mas a gente aqui tb atura o nosso amigo e camarada Sóscrates.
As parecenças, tendo em conta os presentes e os antecedentes são poucas. Quanto ao "meu amigo Sócrates" não sei se ele tem tais aspirações, porque não o conheço pessoalmente. Eu, no lugar dele, não as teria. Seguramente!
E diz muito bem: "no lugar dele, não as teria". Ainda bem, porque assim só confirma que é uma pessoa de bem.
Seguramente que não pode garantir que ele não as tenha.
Mas olhe que o Chavez deve ter ganho por menos % que o Sr. Engº no Congresso. Dizem que quanto menor é a percentagem ,maior é a probabilidade de existir democracia ou pluralidade de idiosincrassias (que podem conviver mal).
Outra questão bem diferente, é a de as maiorias respeitarem as minorias. Provavelmente na Venezuela, os antecedentes e os presentes podem não tender para aí, mas isso só vem mostrar quem quem vota ainda tem o privilégio de poder votar num ou noutro, e aqui, até era, escolher entre o "sim" e o "não". Seguramente que não se compara com Cuba ou com a Coreia do Norte, mas ainda acredito na genuidade e na liberdade do voto na Venezuela. O outro foi expulso, mas não consta que tivessem feito o mesmo aos demais observadores e seguramente eram bastantes. Vá, reconheça que o Chavez tem feito muito pelo bem-estar dos pobres e que com ele as classes desprotegidas nos governos amigos do USA, hoje estão bem melhor. Se isto é populismo, seja. Há quem goste. Obrigado por este espaço de diálogo e de divergência.
Não gosto de comentar comentários. Mas trazer JS para o assunto, só mesmo para responder a alhos com bugalhos, à falta de melhor. Claro que temos uma diferença com a Venezuela: cá o projecto de Chavez não passaria; cá o contexto não permitiria a demagogia tolerada quanto a Chavez. Podemos não ter uma democracia perfeita, mas não há motivos para dizermos termos "umas parecenças com uma democracia".
Também não estou lá muito de acordo consigo, amigo Clamote: Olhe que aqui na "Onião Urupeia" também com o tratado as coisas em matéria de democracia andam muito a desejar. Veja o que diz o amigo Tourais: «Terá a democracia europeia autoridade para criticá-lo? O Tratado de Lisboa foi aprovado por uma elite restrita e controlada, sem ir a votos. E no único país onde houve referendo, na Irlanda, porque o resultado foi um “NÃO” rotundo, a consulta popular quer-se repetida até que dela saia o resultado pretendido, sem que se ouvisse ninguém chamar louco ou ditador a ninguém. Imagine-se que do referendo venezuelano saía um não e Chavez decidia repeti-lo? Pois. Eu não sou adepto de Chavez, clarifico-o já. Mas na Europa não estamos melhor. Na Venezuela manda Chavez, assim o quiseram os venezuelanos. Na Europa mandará um directório, porque assim o quis o próprio directório. E a avaliação da democraticidade de um regime nunca por nunca será função do agrado ou desagrado que possam suscitar estilos pessoais mais exuberantes.
Código de barras: Hugo Chavez, Tratado de Lisboa, Venezuela
Empurrado por Filipe Tourais - Segunda-feira, Fevereiro 16, 2009 3 Puxões e esticões adicionais »
Bom, o Chavez se calhar já é a segunda vez que pergunta, estarei enganado?
Eu também ainda não comparo a Venezuela com Cuba ou com a Coreia do Norte, mas penso que para lá caminha ... para Cuba, que a Coreia do Norte é algo bem pior. Os elogios e a amizade de Chávez para com Fidel são, pelo menos, indícios disso.Oxalá eu me engane, até porque durante muito tempo pensei que Chávez seria uma boa solução para a Venezuela. O seu desejo de se perpetuar no poder é que me faz desconfiar. Mudando de assunto: Desculpar-me-á, mas não me parece que se possa comparar o referendo na Venezuela, com a eleição de Sócrates, como secretário-geral do PS, pois, não só são realidades distintas, como se deu o caso de Sócrates ser o único candidato ao lugar. Por certo, não põe em causa a lisura da eleição.
O meu comentário anterior era resposta ao Anónimo das 0:52. Ao Amigo da Onça, direi apenas que o Filipe Tourais não goza de infalibilidade.Não é papa. E, neste caso, até nem concordo com ele pela razão simples de que quem faz parte do "Directório" foi eleito democraticamente. Ou não?
Bom, vejamos as elites. Nos outros países, excepto a Irlanda, foram os parlamentos que aprovaram / ractificaram as assinaturas feitas em Lisboa. Ou não? E porquê? Porque o podem fazer, não foi necessário fazer lei alguma que autorizasse os parlamentos a ractificar. Os parlamentos já tinham tais competências. Na Irlanda o parlamento não goza da mesma competência, tendo que se socorrer do referendo. Já agora: estivesse a Irlanda fora da zona euro com a bronca da crise. E ver-se-ia o que lhe aconteceria. E, no entanto, à conta da UE, foi um fenómeno no crescimento, embora tb com mérito próprio, naturalmente. Vendo bem, um dos países que mais ganhou, foi quem decidiu (tem o direito a isso)dizer não. Depois de papo cheio, há que reconhecer.
8 comentários:
Isto, é ao que o seu amigo Sócrates aspiraria.
Vamos a ser comedidos!
O homem lá terá os seus defeitos, mas para ser reeleito precisa de 3 coisas:
PRIMEIRO: - candidatar-se o que pode dar algum trabalho;
SEGUNDO: - Fazer campanha eleitoral o que enerva e desgasta um pouco;
TERCEIRO: Ganhar as eleições e tomar posse, o que pode estar facilitado por ter o poder de pretérito.
Enquanto isto acontecer nestes cânones, há parecenças com uma democracia.
Quem não estiver de acordo com ele, vai ter de aguentar muito, mas a gente aqui tb atura o nosso amigo e camarada Sóscrates.
As parecenças, tendo em conta os presentes e os antecedentes são poucas. Quanto ao "meu amigo Sócrates" não sei se ele tem tais aspirações, porque não o conheço pessoalmente. Eu, no lugar dele, não as teria. Seguramente!
E diz muito bem: "no lugar dele, não as teria".
Ainda bem, porque assim só confirma que é uma pessoa de bem.
Seguramente que não pode garantir que ele não as tenha.
Mas olhe que o Chavez deve ter ganho por menos % que o Sr. Engº no Congresso.
Dizem que quanto menor é a percentagem ,maior é a probabilidade de existir democracia ou pluralidade de idiosincrassias (que podem conviver mal).
Outra questão bem diferente, é a de as maiorias respeitarem as minorias.
Provavelmente na Venezuela, os antecedentes e os presentes podem não tender para aí, mas isso só vem mostrar quem quem vota ainda tem o privilégio de poder votar num ou noutro, e aqui, até era, escolher entre o "sim" e o "não".
Seguramente que não se compara com Cuba ou com a Coreia do Norte, mas ainda acredito na genuidade e na liberdade do voto na Venezuela.
O outro foi expulso, mas não consta que tivessem feito o mesmo aos demais observadores e seguramente eram bastantes.
Vá, reconheça que o Chavez tem feito muito pelo bem-estar dos pobres e que com ele as classes desprotegidas nos governos amigos do USA, hoje estão bem melhor.
Se isto é populismo, seja. Há quem goste.
Obrigado por este espaço de diálogo e de divergência.
Não gosto de comentar comentários. Mas trazer JS para o assunto, só mesmo para responder a alhos com bugalhos, à falta de melhor.
Claro que temos uma diferença com a Venezuela: cá o projecto de Chavez não passaria; cá o contexto não permitiria a demagogia tolerada quanto a Chavez.
Podemos não ter uma democracia perfeita, mas não há motivos para dizermos termos "umas parecenças com uma democracia".
Também não estou lá muito de acordo consigo, amigo Clamote:
Olhe que aqui na "Onião Urupeia" também com o tratado as coisas em matéria de democracia andam muito a desejar.
Veja o que diz o amigo Tourais:
«Terá a democracia europeia autoridade para criticá-lo? O Tratado de Lisboa foi aprovado por uma elite restrita e controlada, sem ir a votos. E no único país onde houve referendo, na Irlanda, porque o resultado foi um “NÃO” rotundo, a consulta popular quer-se repetida até que dela saia o resultado pretendido, sem que se ouvisse ninguém chamar louco ou ditador a ninguém. Imagine-se que do referendo venezuelano saía um não e Chavez decidia repeti-lo? Pois. Eu não sou adepto de Chavez, clarifico-o já. Mas na Europa não estamos melhor. Na Venezuela manda Chavez, assim o quiseram os venezuelanos. Na Europa mandará um directório, porque assim o quis o próprio directório. E a avaliação da democraticidade de um regime nunca por nunca será função do agrado ou desagrado que possam suscitar estilos pessoais mais exuberantes.
Código de barras: Hugo Chavez, Tratado de Lisboa, Venezuela
Empurrado por Filipe Tourais - Segunda-feira, Fevereiro 16, 2009 3 Puxões e esticões adicionais »
Bom, o Chavez se calhar já é a segunda vez que pergunta, estarei enganado?
Amigo da Onça
Eu também ainda não comparo a Venezuela com Cuba ou com a Coreia do Norte, mas penso que para lá caminha ... para Cuba, que a Coreia do Norte é algo bem pior. Os elogios e a amizade de Chávez para com Fidel são, pelo menos, indícios disso.Oxalá eu me engane, até porque durante muito tempo pensei que Chávez seria uma boa solução para a Venezuela. O seu desejo de se perpetuar no poder é que me faz desconfiar.
Mudando de assunto: Desculpar-me-á, mas não me parece que se possa comparar o referendo na Venezuela, com a eleição de Sócrates, como secretário-geral do PS, pois, não só são realidades distintas, como se deu o caso de Sócrates ser o único candidato ao lugar. Por certo, não põe em causa a lisura da eleição.
O meu comentário anterior era resposta ao Anónimo das 0:52.
Ao Amigo da Onça, direi apenas que o Filipe Tourais não goza de infalibilidade.Não é papa. E, neste caso, até nem concordo com ele pela razão simples de que quem faz parte do "Directório" foi eleito democraticamente. Ou não?
Bom, vejamos as elites.
Nos outros países, excepto a Irlanda, foram os parlamentos que aprovaram / ractificaram as assinaturas feitas em Lisboa. Ou não?
E porquê? Porque o podem fazer, não foi necessário fazer lei alguma que autorizasse os parlamentos a ractificar. Os parlamentos já tinham tais competências.
Na Irlanda o parlamento não goza da mesma competência, tendo que se socorrer do referendo.
Já agora: estivesse a Irlanda fora da zona euro com a bronca da crise. E ver-se-ia o que lhe aconteceria. E, no entanto, à conta da UE, foi um fenómeno no crescimento, embora tb com mérito próprio, naturalmente.
Vendo bem, um dos países que mais ganhou, foi quem decidiu (tem o direito a isso)dizer não. Depois de papo cheio, há que reconhecer.
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