Não consigo entender todo o escarcéu feito pela líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, pelo facto de José Sócrates ter optado por participar no encerramento do Congresso do PS de que é Secretário-Geral e fazer-se representar por um ministro de Estado na Cimeira de líderes da União Europeia para discutir a crise económica.
Inaceitável e escandaloso, diz ela. Inacreditável e escandaloso, digo eu, é que a senhora faça toda esta barulheira, num caso destes, em que a opção de Sócrates é perfeitamente compreensível, pois é certo que a representação portuguesa será assegurada a alto nível, provavelmente, pelo ministro de Estado e das Finanças.
Manifestamente, a senhora não tem o sentido das proporções, nem mede as palavras, o que, diga-se, já não é novidade.
Posição bem diferente (e, a meu ver, louvável) tomaram, quer Jerónimo de Sousa que, comentando o assunto, resumiu a sua posição declarando: "Todos os males do mundo fossem esse”, quer Francisco Louçã que considerou toda esta questiúncula “absolutamente lamentável”.
Também acho.
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