terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Por uma vez ...

... "toda a minha gente" pode estar a falar verdade, nesta história da entrega dos objectivos individuais no âmbito do processo de avaliação de desempenho dos professores. Para o Ministério da Educação "a maioria" dos professores entregou os objectivos individuais. Os sindicatos garantem, por sua vez, que "dezenas de milhares" não o fizeram.
Mesmo que o facto seja irrelevante, manda a verdade que se diga que é bem possível que, neste caso, ambas as partes tenham razão. Só que, se o Ministério tiver razão, ou seja, se a maioria tiver entregues os objectivos individuais, os sindicatos, que se opuseram frontalmente a essa entrega, averbam, para já, uma derrota. É o que acontece, com frequência, aos megalómanos.

5 comentários:

psergio57 disse...

O facto de grande parte dos docentes entregar os objectivos individuais neste modelo inenarrável só revela o seu grau de cansaço e submissão causado pelas ameaças e pela chantagem permanenes do ME. Apesar de muito contrariados e indignados afinal é só entregar umas folhitas e o faz-de-conta perpetua-se...Pelo caminho ficou qualquer propósito sério de melhorar o sistema educativo através de uma avaliação verdadeiramente justa e eficaz. Dificilmente se poderá considerar isto uma vitória. A indignação, o desânimo, a desmotivação e o mau-ambiente não desapareceram e o regresso dos reitores em nada vai contribuir para pacificar as escolas. Por outro lado nem todos dobraram a cerviz e assumindo corajosamente a sua recusa em aceitar este modelo e este estatuto de carreira não entregaram os benditos OI's; além disso, para a maioria dos que o fizeram, entregá-los foi tão somente uma forma de conseguir uma certa paz e não uma capitulação. Muitos milhares continuarão a opor-se a esta teimosia tirânica e o partido do governo, que vê agora a sua credibilidade inegavelmente enfraquecida, e não poderá ignorar o facto de que esta foi uma batalha tão inútil quanto prejudicial para a sua perpetuação no poder. It only ends when it ends...

Francisco Clamote disse...

A sua opinião sobre o assunto, tal como a minha, já são conhecidas por si e por mim. Nada, pois, a acrecentar.
Direi apenas que, se calhar, o "tirânico" partido do poder, por estranho que possa parfecer, não quer a "sua perpetuação no poder". A explicação para a insistência na avaliação deve ser essa.
Masoquista é o que ele é. Está visto.

Anónimo disse...

Engana-se.
Ele insiste na avaliação porque sabe que muitos e muitos portugueses lhe reconhecem que esse é um dos pouquíssimos campos em que lhe reconhecem mérito.
Não tenha dúvidas: está mesmo agarrado ao poder.

Mas bem podia ser mais prático, sem de modo nenhum facilitar, na exigência de avaliação, porque isso, é ponto de honra.
Quero dizer, escusava de ter dado tanta bandeira ou o flanco com preciosismos que serviram de farta munição contra a senhora Ministra.

Sem avaliação por mérito e sem disciplina, quer dos professores, quer dos alunos, não iremos a lado algum.
A.Parreira

Anónimo disse...

ESTRANHO NÃO LER QQ. COMENTÁRIO SOBRE O DESPACHO" ANEDÓTICO" A PEDIR PARA OS PROFESSORES QUE SAÍRAM DAS ESCOLA ,REFORMANDO-SE COM PENALIZAÇÃO , POR UM DESGASTE ABSOLUTO E DIGNIDADE, VOLTAREM COMO VOLUNTÁRIOS PELA SUA EXPERIÊNCIA E SABER, CUMPRINDO ASSIM UM SERVIÇO CÍVICO! E, CLARO À BORLA. ELES SAÍRAM POR A ESCOLA ESTAR INSUPORTÁVEL E AGORA QUE DORMEM EM PAZ VOLTAVAM COM ESPÍRITO DE MISSÃO! ONDE ESTÁ ESSE ESPÍRITO NOS NOSSOS POLÍTICOS E GOVERNANTES, QUE CADA VEZ ESTÃO MELHOR NA VIDA.?VALHA-NOS ZEUS!

Francisco Clamote disse...

Não conheço o despacho, por isso, não comento. A ideia à partida não me parece disparatada. Estamos no domínio do "voluntariado".Se houver voluntários por que não aproveitar o seu desejo de ser útil à comunidade? Partindo do pressuposto de que esatmos no domínio do voluntariado, em que ninguém é obrigado a nada,o resto do seu comentário não faz sentido. Quem acha a escola insuportável é óbvio que não põe lá os pés, exista ou não o tal despacho anedótico de que fala.