domingo, 1 de fevereiro de 2009

Quem passa por elas é que sabe ...


"LO – Está solidário ou particularmente solidário com o primeiro-ministro neste caso Freeport? Também foi acusado no caso Portucale, dos sobreiros, quando foi ministro do Ambiente.
- Estou, estou. Estou solidário com o engenheiro Sócrates porque eu sei o que é sofrer na pele muitas acusações por muitas vezes se dizerem coisas fora do contexto em que conversas ou comentários ocorreram. Eu fui vítima disso durante muito tempo. A indignação é a forma certa de reagir. E nesse aspecto eu não posso deixar de ter solidariedade com uma pessoa que reagiu de uma forma como eu reagiria.
ARF – Reagia como Sócrates, com a mesma violência?
- Quando é o nosso bom nome, a nossa seriedade que está em causa nós temos de nos defender da forma mais veemente, mais violenta, mais frontal. É natural que o engenheiro Sócrates se sinta muito ferido e magoado, que esteja a passar momentos de sofrimento pessoal relativamente às acusações que são postas na praça pública. Estas fugas de informação são uma questão de regime.
ARF – Mas a gestão política da justiça não é nova, sempre aconteceu, contra o CDS ou o PS, não é?
- É o problema central da sociedade portuguesa. Ou se acha que é central ou não se acha que é central. Eu acho que é central. Está no começo de tudo. Não é possível vivermos num País onde algumas regras em relação ao funcionamento da justiça não funcionam. Não é possível. Não é um País onde se possa viver. Hoje vivemos numa câmara de horrores. E isso tem a ver com a instrumentalização da justiça.
ARF – Da parte da política, dos políticos? São campanhas negras?
- Eu acho que a expressão é feliz. Por parte de poderes ocultos, que são cobardes, é uma campanha de cobardes, que não dão a cara. Porque não dizem quem são. Agora que as coisas não acontecem por acaso, não acontecem. Em política não há nada que aconteça por acaso. O Freeport apareceu agora, como o Portucale apareceu, porque há alguém que está interessado que apareça.
LO – O primeiro-ministro fala em campanha negra. Mas não diz quem a faz. Quem são essas pessoas?
- Eu não sei. Em 2005 sei quem são. Foi uma campanha vergonhosa, foi de facto uma campanha nojenta, de repulsa.
ARF – Acredita que este caso vai ser resolvido ou não?
- Eu ouvi a doutora Cândida Almeida. Para minha tranquilidade, eu tenho a certeza absoluta de que este caso vai ser exemplarmente investigado e a sensibilidade que tenho é que a culpa não vai morrer solteira.
ARF – Está optimista?
- Tenho a certeza absoluta."
Comentário da casa:
Ainda gostava de ver alguns dos membros da matilha "passarem por elas", para ver qual a reacção da canzoada. Por curiosidade, mas não só, porque já se ultrapassaram todos os limites da pouca vergonha.

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