Concorde-se ou discorde-se dela (e umas vezes dá para concordar e outras para discordar) manda a verdade que se diga que a eurodeputada Ana Gomes continua a não ter papas na língua, qualidade que aprecio.
Hoje ao intervir no XVI Congresso do PS, Ana Gomes defendeu (i) que o sistema fiscal deve obedecer a uma nova lógica e que se passe a “taxar as mais-valias do capital” e se acabem os “paraísos fiscais” como os “off-shores” (concordando com uma coisa e outra, não sei se as medidas sugeridas serão exequíveis, sem um acordo entre os países); (ii) que é necessário apertar e melhorar o combate à corrupção (sem dúvida), tendo proposto que o PS retome as propostas do antigo deputado João Cravinho, sobre ostentação de riqueza (certo, se removidas as dificuldades que o assunto alegadamente levanta em sede de constitucionalidade); insistiu que “é preciso não encobrir corruptos”, até para evitar abusos como tem sido (opinião dela e minha), o caso do “ataque político e pessoal a José Sócrates”; e garantiu que se a corrupção não for combatida e o sistema judicial não for mais eficaz “gente íntegra será enxovalhada na praça pública” e “continuará a roubalheira”(absolutamente!)
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