Se Passos Coelho estava confiante em que iria repetir, com Francisco Louçã, a conversa de café que manteve com Jerónimo de Sousa, para malhar em José Sócrates e no PS, como cedo tentou, cedo também viu Louçã indeferir-lhe a pretensão, ao declarar que o debate com José Sócrates já o tinha feito e que estava ali para debater com ele.
E, com não menor presteza, Louçã arrumou com Passos Coelho ao acusar o PSD de ser "o campeão dos Estados Gordos", trazendo à colação, designadamente, o caso do "Jornal da Madeira", propriedade do Governo Regional (liderado pelo PSD) "que já custou quase cinquenta milhões aos contribuintes" (como se lembra aqui) e que não passa de um pasquim gratuito que não faz outra coisa que não seja propaganda do regime, e ao devolver a acusação de extremismo, afirmando que encontra "no PSD um radicalismo extremista que nunca tinha visto na democracia portuguesa", citando, muito a propósito, a ideia avançada pelo PSD de obrigar os beneficiários de subsídio de desemprego a fazerem trabalho comunitário, como se o subsídio de desemprego não proviesse dos descontos feitos pelos trabalhadores para a Segurança Social, para acorrer precisamente ao casos de desemprego . E com tanta mais razão, acrescento eu, quando é o próprio coordenador do programa do PSD quem garante que “Nós vamos ser muito mais radicais no nosso programa do que a troika, vamos ser muito mais radicais”.
Derrotado no penúltimo round (em que Louçã nem sequer deixou passou passar em claro mais uma infeliz referência de Passos Coelho ao programa Novas Oportunidades, dizendo-lhe que faz um "estigma social" quando afirma que o Novas Oportunidades são um embuste) veremos como é que Passos Coelho se sai no último e decisivo. Para já, teve um mau ensaio. Louçã, pelo contrário, esteve impecável, começando pelo facto de não ir na "conversa" do adversário.
2 comentários:
Caro Francisco,
Faço link.
Obrigado.
Abraço.
Grande conclusão! lol temos homem o Louçã.Brrrrr xau
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