"O Programa (...) resiste a qualquer teste de avaliação ou credibilidade. Tudo o nele se propõe foi estudado, testado e ponderado" (Programa Eleitoral do PSD, p. 6)
Viu-se: o "edifício" não resistiu logo ao primeiro leve abalo. Posto perante as críticas de Santana Castilho dirigidas ao "programa" para a Educação, Passos Coelho apressou-se de imediato a prometer "melhorar" o programa eleitoral nessa área.
Sabendo-se que o "empreiteiro" Catroga já foi despedido, (embora "oficialmente" esteja em férias), esta prometida revisão revela bem a resistência dos "pilares" e, em geral, a consistência do edifício.
Demolidora, no entanto, é a afirmação de Santana Castilho que garante que o conteúdo do programa eleitoral do PSD para o sector da Educação, não corresponde sequer ao pensamento de Passos Coelho. Manda a verdade que se diga que a afirmação tem boa base de sustentação. De facto, Passos Coelho prefaciou o livro O Ensino Passado a Limpo da autoria de Castilho e não lhe poupa nos elogios, sabendo-se que as medidas previstas no programa contrariam o que o livro preconiza.
De forma que, de duas uma: ou o programa eleitoral do PSD não reflecte o pensamento do seu líder, pelo menos, na área da Educação, e, nesse caso, Passos Coelho não é mais que um "pau mandado", ou, mais simplesmente, Passos Coelho aprovou o Programa do seu partido e nem sequer se deu ao trabalho de o ler.
Das duas, venha o diabo e escolha, porque, seja como for, o retrato de Passos Coelho está traçado: Se o "empreiteiro" despedido é mau, o "dono da obra" muito menos é de fiar.
Sem comentários:
Enviar um comentário