"O secretário-geral do PSD, Miguel Relvas, admitiu esta quinta-feira, no julgamento do caso Portucale, que tentou agilizar alguns processos no final do Governo de gestão PSD-CDS (2004) e que funcionava como «coordenador» político entre partidos e elementos do executivo".
«Funcionei como coordenador e nunca com mensageiro. Saí do Governo para fazer a ligação política com o CDS. A minha intervenção foi visível e passou por tentar acelerar e criar condições para que alguns processos fossem resolvidos»
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"Em tribunal, Miguel Relvas explicou a sua «ligação política» a Abel Pinheiro, garantindo nunca ter considerado que este lhe estava a pedir favores."
«Tratei destes assuntos com quem tinha de tratar, com o dr. Abel Pinheiro, e se entendesse que algum destes casos não era bom para o país não me tinha empenhado» (...)
"O ex-deputado do PSD negou ter tido alguma intervenção no caso Portucale, mas admitiu que falou do assunto com o ministro da Agricultura de então, Costa Neves, «porque tinha sido eleito por Santarém».
"O ex-deputado do PSD negou ter tido alguma intervenção no caso Portucale, mas admitiu que falou do assunto com o ministro da Agricultura de então, Costa Neves, «porque tinha sido eleito por Santarém».
"Um dos juízes mostrou-se admirado com a intervenção de um secretário-geral de um partido, em questões governamentais, nomeadamente nos processos Aenor e PDM de Gaia e questionou Miguel Relvas sobre isso.
A testemunha confirmou a sua intervenção por forma a agilizar procedimentos e combater a burocracia, explicando que o Governo estava em gestão, «uma fase em que tudo estava desmembrado e era tudo muito complicado», garantindo, porém, que tudo fez em nome do interesse público."
«Também gostaria que não fosse assim, mas, enfim, já estávamos na fase final do Governo¿ tem toda a razão», disse a testemunha, recordando que tinha sido secretário de Estado da Administração Local e que tinha muitos contactos com autarcas."
A testemunha confirmou a sua intervenção por forma a agilizar procedimentos e combater a burocracia, explicando que o Governo estava em gestão, «uma fase em que tudo estava desmembrado e era tudo muito complicado», garantindo, porém, que tudo fez em nome do interesse público."
«Também gostaria que não fosse assim, mas, enfim, já estávamos na fase final do Governo¿ tem toda a razão», disse a testemunha, recordando que tinha sido secretário de Estado da Administração Local e que tinha muitos contactos com autarcas."
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"O processo Portucale tem 11 arguidos, entre os quais Abel Pinheiro, ex-dirigente do CDS e administrador do grupo Grão Pará, que está acusado* de tráfico de influências e falsificação de documentos.(...)"
(A notícia na íntegra aqui. O negrito é meu. Só 11 arguidos ? Não falta lá ninguém ?)
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