Retenho, como momento mais curioso do debate entre José Sócrates e Passos Coelho, a afirmação por parte deste, durante a sua alocução final, de que o país precisa de um primeiro-ministro com capacidade de diálogo. Estranhas palavras estas vindas de quem vieram, porque essa é, precisamente, uma qualidade que, ao longo dos últimos tempos, ele tem demonstrado não ter. Face às posições intransigentes que Passos Coelho tem tomado em matéria de possíveis soluções governativas, após as eleições, ele é, sem margem para dúvidas, de todos os dirigentes partidários, o menos aberto a qualquer espécie de negociação.
Será caso para dizer que "pela boca morre o peixe"?
Sem comentários:
Enviar um comentário