Faz parte da terminologia oficial designar por "supremo magistrado da nação" quem desempenha as funções de Presidente da República, um título que, todavia, à luz do se tem passado durante o actual mandato, não assenta nada bem a Cavaco Silva.
No caso de Cavaco, os factos indiciam que o título que melhor lhe assenta, por exclusiva culpa própria, é o de "supremo humilhado da nação".
Basta atentar no episódio que hoje veio a lume para se ver até que ponto Cavaco é desconsiderado até pelos seus correligonários. Dizem, de facto, as crónicas que Cavaco não foi ouvido nem achado sobre a decisão de enviar aviões da Força Aérea Portuguesa para participar numa missão militar no exterior, mais precisamente, na Roménia. No fundo, tudo se passou, como se, em Portugal, não houvesse um Presidente da República que, por inerência, até é, nos termos da Constituição, o "Comandante Supremo das Forças Armadas".
A humilhação a que este governo sujeitou Cavaco não se ficou por aqui: Passos Coelho, o seu protegido, nem sequer se dignou dar-lhe conhecimento da missão, nas reuniões que os dois mantêm semanalmente.
Não sei se Coelho poderia ter encontrado melhor forma de significar a Cavaco o quão irrelevante o considera. O que sei é que Cavaco está a ter o tratamento que merece. Lá diz o povo: "Quem muito se abaixa..."
1 comentário:
Chicamigo
... diz o povo e com carradas de razão.
Abç de Miramar, Pangim
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