(...)"P. Filiou-se no PSD há pouco tempo, em 2005? porque não chegou antes?
R. Sempre fui PSD, enquanto criança e adolescente. Depois tive ali um período de algum afastamento no fim do consulado de Cavaco Silva. Foi um divórcio com uma certa forma de estar, que não tinha a ver com Cavaco Silva, tinha a ver com um certo aparelhismo. Entre 93 e 97 estive mais perto do CDS.
P. Chegou a fazer parte do CDS?
R. Sim, participei nuns conselhos?
P. Mas foi mesmo militante?
R. Isso é que eu também não sei? Eu tenho um problema com as militâncias (risos).
P. Mas assinou um cartãozinho?
R. Não sei se assinei. Não me lembro bem. Estou a dizer a verdade?
P. A sério que não se lembra?
R. Não me lembro! Aliás, também tive esse problema com o PSD. Inscrevi-me como militante e depois não estava lá.
P. No CDS participava num conselho?
R. Participei num conselho de opinião para apoiar uma candidatura de Lobo Xavier. Ganhou Manuel Monteiro e eu afastei-me. E depois fui "recuperado" por Paulo Portas, quando ele entrou na liderança e rompeu com o monteirismo. Quando houve a ruptura da AD, com Marcelo Rebelo de Sousa, abandonei.
P. Regressa ao PSD?
R. Quando há a ruptura Marcelo-Portas, aí deu-se a reconciliação com o PSD"(...)
(Extracto de uma entrevista de Paulo Rangel ao novo diário "i")
Mais palavras para quê ? As do entrevistado traçam perfeitamente o seu perfil :
Paulo Rangel é um artista ...
E cabeça-de-lista !
5 comentários:
nunca votaria nele, mas é um gaiato simpático :)
NÃO SEI,
Se deixe de comprar o "I" que apanhou ("indecentemente" pela intimidade), toda a singularidade e ingenuidade de um personagem,
...Se desista de pensar em votar neste "gaiato simpático".
Mas tem potencial, lá isso tem.
Abílio Grilo
Costumo estar de acordo consigo a 100%. Desta vez, não: há "mais palavras" a dizer. Foi aliás o seu post que me levou a ir ler a entrevista na íntegra e não desgostei. Tirando as atrapalhações que cita, o rapaz tem ideias. E não se coíbe de as fazer valer. Foi uma surpresa. Parabéns pelo blog.
Limitações mnésicas!
:))
Gostei que se definisse como federalista. Não deixarei de levar o facto em consideração, eu que sou contra o Tratado de Lisboa.
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