"De acordo com o boletim mensal publicado esta segunda-feira pela Direcção Geral do Orçamento, as receitas fiscais apresentaram, nos primeiros oito meses do ano, uma variação negativa de 2,4% face ao mesmo período do ano passado.
É verdade que, face ao que acontecia até Julho (uma quebra de 3,4%) se registou uma melhoria, mas o objectivo para o total do ano presente no Orçamento do Estado continua ainda muito distante.
A queda de 5,3% registada nos impostos indirectos constitui o principal problema que enfrentam actualmente as Finanças. O IVA cai 2,2%, o ISP 7,6%, o Imposto sobre o Tabaco 10,8% e o Imposto sobre veículos 44,4%.
Ao nível da despesa, regista-se até Agosto uma redução muito acentuada das despesas com pessoal (15,5%), o que se explica essencialmente pelo corte efectuado no subsídio de férias dos funcionários públicos. As dificuldades surgem, no entanto, por causa do aumento do desemprego, que estão a fazer com que a despesa com o subsídio de desemprego suba 22,9% face ao mesmo período do ano anterior. Além disso, o facto de haver menos pessoas empregadas, conduz a que se verifique uma quebra das contribuições, que estão a diminuir 4,7%.
Nos primeiros oito meses do ano, o défice da Administração Central e da Segurança Social situou-se em 5493 milhões de euros. "
(Texto e imagem daqui)
Não fora o confisco (ilegal e inconstitucional) dos subsídios dos funcionários públicos, dos reformados e pensionistas, até a despesa pública teria aumentado em relação ao ano anterior (a despesa efectiva “registou, até Agosto, um variação homóloga de 0,4%”), resultado que é espantoso quando os actuais (des)governantes garantiam que a consolidação das contas públicas se faria através da redução da despesa e, nomeadamente através do corte nas "gorduras" do Estado. O descalabro da execução orçamental é, apesar do confisco, de tal magnitude, que, fossem outros os tempos e estes farsantes já nem cabeça teriam para coçar!
Não digo que se lhes aplique a receita dum tal Pedro Passos Coelho ("Se temos um Orçamento e não o cumprimos, se dissemos que a despesa devia ser de 100 e ela foi de 300, aqueles que são responsáveis pelo resvalar da despesa também têm de ser civil e criminalmente responsáveis pelos seus atos e pelas suas ações").
O que eu sugiro e reclamo é que, para salvação do país, se ponham a andar. Quanto antes!
1 comentário:
Caro Francisco
A rapaziada da direita, que diz que é do centro, sempre apresentou como trunfo a sua superioridade de boa gestora da coisa pública versus o despautério da esquerda.
Este enorme descalabro das contas públicas, aumento do défice público, aumento da dívida e do desemprego vem pôr fim ao mito da direita como boa gestora. Não há nenhuma dúvida que este descalabro foi provocado pela teoria do empobrecimento.
Acho que els devem sair antes que destruam tudo. Só não sei quem pode liderar o turnaround!
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