Até eu sei (e não sou político) aonde Paulo Portas quer chegar, ao insistir nestas intervenções do tipo "chover no molhado", mas o líder do CDS-PP sabe ou devia saber que há alturas próprias para serem disponibilizados os dados da execução orçamental. E, em boa verdade, Paulo Portas também já devia saber que estas intervenções não o levam, nem ao seu partido, a lado nenhum: basta que atente nas sondagens que têm sido publicadas para concluir que se arrisca a vir ocupar o último lugar no ranking dos partidos com assento no parlamento.
Deduz-se das suas palavras que o que preocupa é "o Estado continuar a enriquecer através de arrecadação fiscal" o que não deixa de ser surpreendente quando se sabe que Portugal tem uma enorme dívida pública e que têm sido exigidos enormes sacrifícios aos contribuintes para controlar o défice excessivo das contas públicas, défice pelo qual, aliás, é também responsável politicamente, não só como membro dos dois governos anteriores que deixaram um défice superior a 6% do PIB, mas também e mais directamente como ministro da Defesa e como tal responsável pelas controversas compras (em condições ainda não esclarecidas) de material militar, a começar pelos submarinos.
Há quem tenha memória curta, mas também ainda há quem se vá lembrando...
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