Segundo as palavras de José Sócrates no discurso de abertura do debate sobre o Estado da Nação que acaba de terminar, "A acção do Governo tem, como orientações fundamentais, o impulso reformista, a disciplina orçamental, a aposta na economia, na qualificação e no emprego, e o desenvolvimento das políticas sociais".
Daqui se depreende que o rumo até agora seguido (disciplina orçamental, aposta na qualificação e desenvolvimento das políticas sociais) é para ser mantido e que as actuais dificuldades resultantes da crise internacional não vão alterar o sentido da política até agora seguida.
O debate, do meu ponto de vista, foi fraco em intervenções de relevo por parte das oposições, pois continuam a não apresentar propostas de solução para a crise, nem ânimo para a vencer e, desta feita, nem Francisco Louçã escapou ao cinzentismo. O seu discurso (ao contrário do costume) foi baço e na sequência da sua interpelação ao Primeiro-Ministro, levou da parte deste, algo para contar. O seu ar condescendente, desta vez, passou a contrafeito.
Em resumo, a imagem que me fica deste debate é a de que o governo não vai baixar os braços perante as dificuldades e se sente capaz de enfrentar a crise. Isto, por um lado. Do outro, uma oposição que não sabe como sair da crise, nem das suas próprias contradições. Então, no caso do PSD, é por demais evidente que não há uma linha de orientação e, como se sói dizer-se, andam todos aos papéis.
O Governo está a ser optimista ? É a sua obrigação e um pouco de optimismo, em tempo de crise, nunca fez mal a ninguém.
(A imagem foi copiada aqui)
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