Está prevista, para hoje à tarde, em Paris, a proclamação da União para o Mediterrâneo, que englobará 43 países, incluindo os da União Europeia e os demais países ribeirinhos do Mediterrâneo.
Nas palavras de Bernard Kouchner, chefe da diplomacia francesa, trata-se de um "sonho prestes a ser realizado". Faço votos para que o sonho se concretize e se passe das palavras aos actos, até porque, a continuarem as assimetrias no plano do desenvolvimento económico, actualmente existentes, entre o Norte e o Sul do Mediterrâneo, "nada fazer é um risco", como também afirma Kouchner, pois pode levar a explosões sociais incontroláveis que farão perigar a segurança e estabilidade na região mediterrânica.
Pode bem ser que o risco latente abra os olhos dos dirigentes europeus (os mais ricos) e os leve a porem de lado os seus interesses imediatos e preocuparem-se mais com a promoção do interesse comum. É que, além do mais, nas actuais circunstâncias, o egoísmo é mau conselheiro.
Que não seja este mais um caso para confirmar o velho provérbio de que "De boas intenções está o inferno cheio"! E de grandes proclamações, em vão, acrescentaria eu.
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