Lamentar também eu lamento. A um economista pede-se um pouco mais: venha de lá a receita para inverter a situação. Criticar é fácil. Fazer, um tanto mais difícil.
Na peça para que remete o link supra, o orador advertiu ainda "para o facto de os investimentos públicos de grande dimensão deverem ser reavaliados de forma criteriosa".
Também acho e até suponho que estudos e avaliações foi coisa que não tem faltado. Então no que respeita ao novo aeroporto é conhecida a profusão de estudos feitos. Admito, todavia, que, em face das novas circunstâncias (petróleo caro e sem perspectivas de alteração) se justifique a realização de novos estudos para ter em conta a nova realidade e, designadamente, para definir quais os grandes investimentos a que deve ser atribuída prioridade. Isto, claro está, se não houver ainda compromissos já firmados e cuja resolução nos faça gastar dinheiro sem proveito.
Segundo Vítor Bento, o défice externo é a “maior ameaça exterior” ao controlo da economia portuguesa. Concordo inteiramente, mas já agora convinha esclarecer como é que se convencem os portugueses de que Portugal não é um país rico e que apertar o cinto (para quem tem possibilidades disso) é uma medida inteligente. Não é e não vai ser nada fácil, digo eu.
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