Foi assinado hoje um protocolo entre o Governo português e a Nissan-Renault visando a introdução em Portugal de carros eléctricos produzidos por esta empresa, a partir de 2011. Para pelo que tal introdução se concretize, terá de ser construída no país uma rede de abastecimento, o que, atendendo ao noticiado, parece estar assegurado, pois já existem parceiros interessados (EDP, Galp, Efacec, Martifer, Sonae, Jerónimo Martins: são os nomes de que se fala).
O Primeiro-Ministro, afirmou, na ocasião, que os automóveis eléctricos irão pagar apenas 30 por cento do imposto automóvel , admitindo que venha a ser estudada uma solução mais favorável no plano fiscal: É que a redução para 30% do imposto é o simples resultado de existir, no actual imposto, uma componente ambiental correspondente a 70% do valor do imposto automóvel.
O facto de a Nissan-Renault ter escolhido Portugal para lançar o veículo (juntamente com a Dinamarca e Israel) e sendo as razões invocadas as que são (boa rede viária, grande aposta nas energias renováveis e excelente abertura dos portugueses a novas tecnologias) é motivo de satisfação, não só pelo facto em si, mas também porque tal significa que, no estrangeiro, têm o país em melhor conta do que os profetas da desgraça.
Trata-se de uma decisão arriscada? Sem dúvida que sim. Como em qualquer outra iniciativa pioneira, corre-se sempre o risco de descarrilamento. Todavia, a decisão vai no bom sentido, pois visa minorar a nossa dependência do estrangeiro em matéria de combustíveis fósseis e vai contribuir para a diminuir a poluição.
Assim sendo, embora arriscada, a decisão é de saudar, até porque "quem não arrisca não petisca" e, por mal que corram as coisas, sempre se lucrará em matéria de inovação. E desta precisamos. De empatas é que não.
Sem comentários:
Enviar um comentário