“É preocupante [a taxa de desemprego dos jovens]. Fala-se mesmo na geração ‘casinha dos pais’ por que os jovens tardam em emancipar-se” e em “sair da sua zona de conforto. Nós achamos que é preferível que o jovem abdique desta zona de conforto e vá para o exterior”, são afirmações atribuídas a um tal Alexandre Mestre, alegadamente, secretário de Estado da Juventude, afirmações de que (mea culpa) só agora me dei conta.
Digo alegadamente, porque parece impossível que um secretário de Estado da Juventude, em vez de se empenhar a defender e a promover a criação de postos de trabalho para a juventude deste país (a mais preparada de sempre, segundo se diz) esteja a empurrar os nossos jovens para os caminhos da emigração.
Mas a ser verdadeira a imputação das afirmações, o mais indicado para o tal Mestre era pô-lo a trabalhar numa agência de emigração. E já ia com sorte, pois não lhe faltava a "zona de conforto".
Secretário de Estado da Juventude é que já não era.
2 comentários:
Tenho em agenda, para publicar amanhã, um post sobre a última diatribe do Mestre.
O staff do Relvas está em grande mas, como já escrevi a propósito deste assunto e o MRS corroborou na sua homilia de ontem, o melhor é mesmo o Mestre emigrar para dar o exemplo.
Concordo, Carlos. De facto, se é para servir de exemplo, a emigração do "artista" justifica-se amplamente. Eu, no entanto, como tenho um coração mole, não quis que o jovem Mestre ficasse sem a sua "zona de conforto".
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