sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Finalmente, uma sondagem a sério!

PS à frente!

Esquecimentos destes ficam caríssimos

A crer nas sondagens, a coligação (da) em(PáF)ia vai de vento em popa, o que só pode significar que, como salienta a Fernanda Câncio, "anda toda a gente esquecida, distraída ou mesmo doida varrida".
De facto, aparentemente já ninguém se lembra que "se o Tribunal Constitucional não tivesse chumbado a medida, todas as pensões acima dos mil euros estavam com corte definitivo desde o início deste ano. E não apenas essas: Passos e Portas quiseram tirar, com efeito a partir de 2014, 10% a todas as pensões da Caixa Geral de Aposentações acima dos 600 euros ilíquidos. Também para sempre. E ainda tentaram reduzir a partir de 2014 as pensões de sobrevivência - ou seja, as que recebem os sobrevivos de um familiar - desde que o beneficiário tivesse uma pensão própria e a soma das duas ultrapassasse dois mil euros ilíquidos. Estes três cortes definitivos de pensões estariam hoje em vigor caso o TC não os tivesse impedido."

Já não haverá nada a fazer para a reavivar memórias? É que esquecimentos destes custam caríssimo.

O Francisco é que sabe

"Passos Coelho não presta para nada"

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

"Uma real tanga"



«Afirmar que saímos da crise é como garantir que um toxicodependente deixou de ser drogado por o preço da heroína estar mais baixo. É uma real tanga.»

Aquela máquina (de mentir)!

Passos Coelho já nem as pensa, produz aldrabices mecanicamente, tal qual um autómato.
Ainda ontem se saiu com garantia de que que o empréstimo de 3,9 mil milhões de euros que o Tesouro concedeu ao Fundo de Resolução já tinha rendido ao Estado juros no montante de 120 milhões de euros. Esqueceu-se, porém, de esclarecer que, fazendo o Fundo de Resolução parte do sector público, os seus encargos com juros são despesa pública, pelo que, classificados, numa entidade pública (Tesouro) como juros recebidos e noutra entidade pública (Fundo de Resolução) como juros pagos, o ganho final para as Administrações Públicas (o que importa ao contribuinte) acaba por ser nulo
Ganho nulo, Passos!
Toma nota e vai aldrabar para outras bandas.

"A prova da ficção dos factos" (II)

«Na política, verdade e mentira deixaram de ser opostas. Não faz diferença. Paciência. Mas a rubrica Campanhas de Ficção procura a verdade, principalmente se ela nos engana.(...)
(...)

A frase III
“Eu não sou mentiroso.” Frase dita no “debate decisivo” entre Passos Coelho e António Costa
O contexto
Não nos lembramos.
Os factos
Também não nos lembramos.
Em resumo
Estávamos a mentir, claro que nos lembramos. A frase foi dita, mas por António Costa. O que só prova a habilidade política de  Passos Coelho, que nunca diria tamanha alarvidade no actual momento.
Ele é mentiroso mas não é maluco.»

PáF!: Dívida do Estado sobe 1,3 mil milhões em Julho

Mais um sucesso dos coligados da PáF:
"O endividamento do Estado atingiu os 290 mil milhões de euros em Julho, um aumento de 1,3 mil milhões face ao mês anterior."
(Já foi enganado uma vez. Pode sempre deixar-se enganar de novo. Difilmente evitará que lhe chamem parvo.)

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Licença para gastar!

Em ano de eleições, Passos Coelho, o tal que afirmou que os portugueses andavam a viver acima das suas possibilidades, resolveu, para não se "lixar" nas eleições, dar licença para gastar. E à grande: Poupança das famílias cai para mínimos históricos.
Entrementes, com a "licença para gastar", lá se foi o único sucesso de que o governo Passos/Portas se podia, legitimamente, gabar: o excedente externo, verificado nos primeiros anos desta legislatura que, como sempre se afirmou, era nem mais. nem menos do que  o resultado da  política de austeridade "custe o que custar" que lançou centenas de milhares  de portugueses na pobreza e pôs milhões de portugueses a pão  e água. 
Com a "licença para gastar" foi um ar que lhe deu. Ao excedente.
Não era Passos quem dizia "Que se lixem as eleições" ? Ou era o Coelho?
Certo, certo  é que a afirmação não passava de mais uma balela de Passos Coelho.

Um Estado prestamista?

Quem poderia imaginar que a afirmação "Quanto mais tempo demorar a vender o Novo Banco, mais juros recebe o Estado" pudesse sair da boca de Passos Coelho, um fanático do "Estado mínimo", que, ao longo de toda legislatura, tanto se esforçou por reduzir as funções do Estado? 
Para Passos Coelho, pelos vistos, há que reduzir a presença do Estado na Saúde, na Educação, na Segurança Social,  na Ciência e na Cultura, mas pode e deve passar a desempenhar as funções de prestamista.
Por amor de Zeus, caros eleitores, ponham termo ao ridículo e à vergonha de termos este fulano como primeiro-ministro!

Para que serviu a austeridade?

É a pergunta que não pode deixar de ser feita ao governo dos coligados da PáF, depois de se ter ficado a saber, através do INE, que o défice orçamental de 2014 se fixou em 7,2% do PIB, um valor que é praticamente idêntico ao verificado em 2011 (7,4%).
Como alguém já disse "estamos de regresso ao ponto de partida", mesmo em matéria de déficit, porque, no que diz respeito à dívida pública, ela é hoje, como se sabe, muitíssimo maior.
Não pode, por isso, deixar de se reconhecer que o deputado do PS, Pedro Nuno Santos, tem inteiramente razão para perguntar: “Para que é que serviu a austeridade, os cortes na função pública, os cortes nas pensões, o desinvestimento na educação, na saúde, para que é que serviu a emigração?
Sim, para que serviu tamanho esbulho?
E ainda há quem vote nestes assaltantes?

Série: grandes verdades


terça-feira, 22 de setembro de 2015

Coisas de espantar

"Há pessoas que ainda levam a sério o dr. Passos Coelho"
Admira-se António Costa com o facto de tal acontecer e, na verdade, o caso não é para menos. Depois de tantas e tão variadas aldrabices, bem documentadas e comprovadíssimas, custa a admitir que ainda haja quem acredite na palavra do mentiroso compulsivo que dá pelo nome de Passos Coelho. É que ele não se limita a não cumprir o que promete. Faz questão de fazer o contrário do que promete: garante não cortar salários e pensões, não espoliar os trabalhadores e pensionistas dos seus subsídios de Natal e de férias, mas é, exactamente, por essas medidas que o aldrabão consumado dá início,  "custe o que custar",  ao seu programa de austeridade "além da troika", ao mesmo tempo que suga, através de aumentos de impostos, nunca vistos, o pouco que ainda resta nos bolsos dos trabalhadores, reformados e pensionistas. E quem não estiver bem que se mude, diz o fulano que, desta forma empurra centenas de milhares de trabalhadores para a emigração.
Perante isto, é óbvio que só uma memória muito curta é que pode explicar que ainda haja quem dê crédito à palavra de Coelho e Portas.

Fica o aviso: fiem-se na parelha Coelho/Portas e depois não se queixem! Isto digo eu, que já os não posso ver e muito menos ouvir e, por isso, não corro minimamente o risco de acreditar numa única palavra da dupla da PáF.
Para mim, PáF só há uma. Esta (v. infra) e mais nenhuma!

PáF! - As prioridades



Do Coelho, logo da PáF, obviamente.

Passos-memória curta-Coelho

Passos Coelho não é só um mentiroso contumaz. Direi mesmo um mitómano. Também tem, pelos vistos, memória curta.
Então, Passos, já te esqueceste do que fizeste ao PEC IV ?  Quem é que votou contra, pá?

Passos-enganou-se-Coelho

"Afinal não vai haver reembolso ao Fundo Monetário Internacional no dia 15 de outubro. Passos Coelho enganou-se, confirmou a TVI junto do gabinete do primeiro-ministro.
O reembolso, do mesmo valor de 5,4 mil milhões de euros, é afinal de uma obrigação do Tesouro que vence a 15 de outubro. 
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, tinha revelado esta segunda-feira que Portugal ia antecipar um novo reembolso ao Fundo Monetário Internacional. »
Enganou-se, como afirma a fonte, ou, como é seu hábito, quis-nos enganar? Uma vez mais.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Um recado oportuno (com dedicatória)

"Ao contrário dos seus camaradas portugueses, o Bloco de Esquerda, os gregos radicais cresceram porque souberam ser mais do que profissionais do protesto, souberam mostrar-se candidatos a governantes."

É fartar vilanagem!

Não há dinheiro? Pelos vistos, há. Para os "amigos" não falta. O mais escandaloso é que nem sequer  há controlo.

"É um escândalo que o ministério transfira para o ensino privado 160 milhões sem qualquer auditoria"

"A prova da ficção dos factos" (I)

Adicionar legenda
«Na política, verdade e mentira deixaram de ser opostas. Não faz diferença. Paciência. Mas a rubrica Campanhas de Ficção procura a verdade, principalmente se ela nos engana.

A frase I

Eu não sou um homem perfeito.” Passos Coelho, Março de 2015, algures na Península Ibérica, Europa, Planeta Terra, Sistema Solar.

O contexto
Isto foi dito, salvo erro, na altura em que o cidadão Passos Coelho soube, com espanto e amargura, que o actual primeiro-ministro tinha passado vários anos sem pagar as contribuições da Segurança Social. A essa informação inesperada juntou-se o aviso de que o jornal PÚBLICO descobrira o assunto e o ia divulgar. Só teve tempo de se calçar e correr para uma fila da Segurança Social às seis da manhã, como milhares de portugueses desempregados. Mas, em vez de pedir para lhe darem dinheiro para viver, teve de suplicar para o deixarem pagar a dívida, sobrevivendo na política.

Os factos
Pela segunda vez na vida, Passos Coelho admitia uma falha do seu intrínseco valor humano. Ele não é perfeito. Foi igual ao choque do dia em que Filipe la Féria o chumbou num casting de musical romântico. Mas a nota da sinceridade na imperfeição saiu-lhe afinada. Desde então, é perfeito outra vez, até enjoa tanta perfeição condensada num só homem neste mundo conturbado. A frase liga-se, como se sabe, à sua irmã gémea: “Não me lembro.” Quando Passos não sabia se a Tecnoforma lhe pagava ou não dinheiro todas os meses, não declarado, que acumulava com um trabalho em “regime de exclusividade” como deputado da nação.

Em resumo
Desde este “minuto de imperfeição”, Passos fala sem problemas sobre simplicidades como plafonamento vertical e horizontal da Segurança Social. E esta semana, no “debate decisivo” nas rádios, conseguiu entalar António Costa sobre mil milhões nos cortes das prestações sociais, se seria nas mínimas, nas máximas, e nos regimes contributivos, e não sei que mais, ah, e na “condição de recursos”, é isso mesmo, a condição de recursos, uma coisa que — vão-nos desculpar porque nós é que somos verdadeiramente imperfeitos — não entendemos patavina.»

"A austeridade não valeu de nada"


É Passos quem o afirma. Eu limito-me a concordar. E a confirmar.
(Autoria do cartaz: Luís Vargas)

O verdadeiro programa da Páf

Quanto a salários, é isto. 

domingo, 20 de setembro de 2015

Passos-mentiroso-Coelho

Está visto: Coelho mente com a mesma facilidade com que respira. Neste caso, o " artista" consegue mesmo uma exibição espectacular:  ainda 24 horas não eram passadas já estava a dar o dito por não dito. Tão rápido que nem teve tempo de avisar o comparsa Portas que acabou por se solidarizar com uma iniciativa que já tinha perdido o prazo de validade.

Portas passou-se de vez?

"Parece que um grupo de ultraliberais apanhou avião em Harvard e aterrou no Rato"
Quando a demagogia ultrapassa certos limites, deixa de o ser e passa a pulhice. Acho eu.

Justiça cega?

Ah! Ah! Deixem-me rir!

Votar para quê?

«(...)

Votar para que depois do pântano do início do novo século e da tanga apregoada por Durão Barroso, possamos agora abandonar o buraco onde caímos. Um buraco para o qual a saída não pode passar pela perda de direitos, e pela competitividade baseada na diminuição da qualidade de vida.

Votar para que possamos sair deste buraco centrando todos os nossos esforços num processo de reindustrialização assente na procura interna mas, igualmente, dirigido para os mercados externos.

Votar para que possamos mudar e iniciar um longo e árduo caminho que nos afaste da periferia da Europa, pois essa é a única forma de quebrar um circulo vicioso que nos remete para uma União a várias velocidades.

Votar porque nos últimos anos emigrámos a nossa ciência e tecnologia. Votar para inverter as condições que criámos para que os nossos cientistas e investigadores tivessem de abandonar a nossa ciência, passando a fazer a ciência dos outros países europeus.

Votar porque precisamos de uma política económica séria, uma economia dirigida ao bem comum, uma economia assente na translação de conhecimento científico, uma economia verde e não uma economia de trabalho precário e dirigida para os ganhos de uma muito pequena minoria.

Votar porque precisamos de um plano público para empreendedores para que haja de facto um financiamento dirigido ao empreendedorismo e não apenas bancos que só financiam a construção e venda de casas, cartões de crédito e empréstimos para consumo.

Votar porque precisamos de promover a nossa soberania através do software, apoiando as empresas nacionais que invistam nessa área hoje central a tudo o que fazemos.

Votar para que possamos alterar as prioridades fiscais do país, tornando a fiscalidade mais preocupada com os cidadãos e em adaptar o IVA ao seu dia-a-dia (e não ao dia-a-dia de quem não vive a vida da classe média e dos cidadãos de menores rendimentos).

Votar porque a recuperação económica passa por aumentar o rendimento disponível dos cidadãos e não pela baixa do IRC das maiores empresas (as quais muitas vezes nem sequer são patriotas na sua domiciliação fiscal nem na sua criação de emprego).

Votar porque a recuperação económica passa também pela recuperação da dignidade económica de um país. Quantos meses, ou anos, necessitaria um trabalhador médio português para atingir o salário recebido em algumas administrações de empresas privadas e públicas portuguesas, ou dos reguladores de diferentes sectores económicos?

Votar porque a enorme desigualdade salarial entre homens e mulheres e entre cargos de topo e os restantes trabalhadores tem de ser reduzida. O preço a pagar por não o fazer será uma recuperação económica em debilidade permanente e a ausência de dignidade em Portugal.

Votar porque não podemos continuar a ter um país em que os riscos de pobreza, e o número de população em pobreza, continuem a aumentar. Precisamos assegurar que não seremos, a breve trecho, um país onde a saúde e a esperança de vida dos cidadãos dependa do local onde se habita, onde se apanha transportes públicos ou de onde se estuda ou trabalha.

Votar porque precisamos de assegurar o financiamento de uma educação e saúde públicas e de assegurar que pequenos e médios empresários não caiam na exclusão social após um desaire económico dos seus investimentos produtivos.

Votar para que seja possível uma mudança assente na justiça social, na dignidade e na soberania dos cidadãos.

Uma mudança que precisa dos que perderam o trabalho nos últimos anos, dos que foram obrigados a emigrar, das famílias despojadas dos seus rendimentos sem dinheiro para chegar até ao fim do mês, dos empresários que fazem milagres para manter o seu negócio, dos trabalhadores independentes e dos trabalhadores precários, dos trabalhadores públicos fartos de que se expolie e privatize o que é de todos, das forças de segurança e dos militares que também viram as suas condições de vida regredir, dos pensionistas, dos estudantes, de todos aqueles que sentem a sua dignidade posta em causa e que acreditam na democracia e na mudança.

É por tudo isto que importa votar. É, por tudo isto, que é preciso e possível mudar para que não mais nos digam que Portugal é um pântano, que estamos de tanga ou que é aceitável vender um país até não mais ser possível abandonar o buraco que cavaram para nós. Votar em quem? Em quem se acreditar que traga esta mudança

[Gustavo Cardoso (na imagem supra): "Mudar um país de buracos, pântanos e tangas". Na íntegra: aqui]

sábado, 19 de setembro de 2015

Verdade ou mentira?

"Houve um Governo do PS que prometeu escolaridade obrigatória de 12 anos, a promessa veio de 2005, mas foi este Governo que o fez. Fomos nós que iniciámos este processo em 2012, com a crise, e este ano tivemos os primeiros jovens que concluíram a escolaridade obrigatória de 12 anos".
(Pedro Passos Coelho, debate da Antena 1, Rádio Renascença e TSF, 17.09.2015 ) (fonte)

Partindo a afirmação de quem parte, muito estranho e surpreendente seria que fosse verdade. Que Passos Coelho é mentiroso é um dado adquirido confirmado por várias sondagens que têm sido publicadas. A afirmação supra em nada contribui para desfazer a ideia de que estamos perante um mentiroso, antes serve, sim, para a consolidar. Com efeito, a afirmação de Passos-mentiroso-Coelho é MENTIRA! 
(Confirme na fonte)

Quatro anos de penar para tão magro resultado!

Uma "profecia" que valeu ao Moed(inha)as um lugar de Comissário, em Bruxelas. Valeu isso, mas só isso:  a dívida pública portuguesa continua classificada como "lixo", queira ou não queira o governo ou a PáF, que é tudo a mesma coisa.
Autoria do cartaz: Vargas

Os meus cartazes: a PáF e a "peste grisalha"


sexta-feira, 18 de setembro de 2015

À primeira qualquer cai. À segunda cai quem quer

"O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, admitiu hoje, na Guarda, que existem condições para aplicar uma "discriminação positiva" nas portagens das auto-estradas do interior e do Algarve, para o tráfego ligeiro e de mercadorias." (fonte)
Com eleições à vista, era mais do que certo que o Passos Coelho das mentiras e falsas promessas de 2011 estaria de volta e aí está ele.
Ainda haveria por aí alguém disposto, depois de tantas mentiras, a dar algum crédito ao Passos Coelho que dizia "que se lixem as eleições"? Se havia, é porque há muita gente a querer cair na esparrela à segunda.

O desastre do governo Passos/Portas, à luz dos factos (em gráficos)






Se e quando votar, no próximo dia 4 de Outubro, lembre-se que estes resultados não são fruto apenas de incompetência. São, em primeira mão, o resultado de opções políticas que se traduziram na escolha da via da austeridade "custe o que custar", na precarização das relações laborais e na redução dos rendimentos dos trabalhadores em proveito do capital. 

Quatro anos de "sucessos"

«(...)Houve, em suma, um aproveitamento magistral destes quatro anos para desvalorizar e precarizar o trabalho, para abrir novas esferas de actividade à acumulação privada e para transformar Portugal numa sociedade menos justa, menos solidária e mais desigual.
Foram esses os grandes sucessos deste governo. Infelizmente, para mal da maioria de nós
(Alexandre Abreu; "Os sucessos e insucessos do governo". Na íntegra: aqui)

"Na mão de tacanhos"

A começar pelos de cá, digo eu, mas o melhor é passar, desde já, a palavra ao Ferreira Fernandes, que de crónicas, bem como desta e de outras matérias, percebe muitíssimo mais do que eu:
«Foi agorinha, acabámos de ver fechada a fronteira da Croácia com a Sérvia, e mais à frente a fronteira da Eslovénia que se fechou, porque os que estão lá dentro já não entram na fechada Áustria... Querem investir? Façam-no na Chaves do Areeiro ou no cimento para muros ou nos fardamentos, que os polícias e militares vão ser mais nas alfândegas dos que eram os guardas-fiscais. Tirem as estrelinhas da bandeira da UE, ponham aloquetes. Não é crítica, é expressão dos factos: é assim porque tem de ser assim. Já tivemos o nosso breve período Facebook, like, like, polegar generoso, mas a verdade é esta: nenhuma sociedade humana pode ter a porta toda aberta (nem mesmo a da sede do Partido Libertário Mundial). A crise humanitária síria devia ser tratada não pela autogestão das vítimas, mas por uma política centralizada europeia. Por a questão ser grave a Europa devia ser clara e pensada - e uma. E aqui chegamos à fórmula de ironia grosseira com que abri a crónica: "Foi agorinha..." Não foi! O primeiro barco de refugiados (duma África agónica) chegou à siciliana Lampedusa em 1992. Malta, em 2007, explodia de imigrantes pelas costuras. Calais é um gueto há anos... A Europa tratou disso vesga, como na crise financeira. Nesta, ao menos tiveram jeito para alguns, a Alemanha safou-se. Mas, agora, até ela vai na enxurrada, fechou a fronteira e sente-se cercada. Choramos o fim da livre circulação porque deixámos a Europa na mão de tacanhos.»
(Quando voltamos a parar em Vilar Formoso?

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

O debate Passos/Costa e uma dúvida

Como o debate se centrou, quase exclusivamente, sobre as medidas que o PS se propõe levar a cabo durante a próxima legislatura, fiquei com a dúvida sobre se a coligação PáF tem algum programa eleitoral. Terá?
E a ter, a quem interessa, afinal, que as propostas da coligação não sejam escrutinadas? 
Até parece, concluo eu do debate, que a PáF interessa sobremaneira que os eleitores votem com os olhos fechados. E é óbvio que por boas razões não é. Seguramente. Cuidado, pois, que esta gente, que desde há quatro não tem feito outra coisa que não seja desgraçar Portugal, não é gente em que se possa confiar. 

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

A Fátima vota Passos

Por certo que não passava pela cabeça de ninguém que Fátima Bonifácio votasse Passos, mas não há que duvidar. É ela mesmo quem expressamente o declara hoje nas páginas do Público.  Perante a revelação, o país inteiro ficou atónito e eu, em particular, preocupadíssimo.
Peço desculpa por não indicar o link da "inesperada" declaração por mera precaução. Temo, confesso, que, face ao seu teor, algum leitor que não conheça tão ilustre personagem possa tomar a senhora por doida varrida que ela, obviamente, não é.
O problema de Fátima Bonifácio aparenta ser outro: os retratos que traça dos dois principais contendores (Costa e Passos), de tão desfocados que são, apontam para a necessidade de ela ir com urgência ao oftalmologista,
(Fico-me por aqui, porque se trata de uma senhora e estou em maré de simpatia.)

"O Governo chumba-se a si próprio"*

«(...)
Em 2011, Álvaro Santos Pereira recorreu a oito indicadores económicos para proporcionar uma imagem sintética da governação socialista. Concluiu então que esse governo deixava “um legado de tal forma terrível que vai marcar inexoravelmente as nossas vidas e as dos nossos filhos”.

Quatro anos depois, prolongando a análise com recurso aos mesmos indicadores, verificamos que um está hoje em níveis idênticos aos de há quatro anos (taxa de desemprego), um melhorou significativamente (saldo da balança corrente) e seis pioraram consideravelmente (crescimento do PIB potencial, dívida pública, dívida externa bruta, dívida externa líquida, emigração forçada pelas circunstâncias económicas e divergência face à Europa). No fundo, o governo melhorou o saldo externo e piorou tudo o resto. E nem sequer estamos a trazer para a análise os níveis de pobreza, de desigualdade, do salário médio, da cobertura dos apoios sociais ou do emprego total.

Por outras palavras, o governo PSD-CDS, nesta auto-avaliação legitimada por antecipação, chumba-se a si próprio sem apelo nem agravo. O “triste legado” então exaustivamente identificado é hoje muito mais triste e ainda mais pesado. Os “piores indicadores económicos desde 1892” são hoje, quase sem excepção, muito piores.

Espera-se, para parafrasear uma última vez Álvaro Santos Pereira, que quando os eleitores forem votar no dia 4 de Outubro não se esqueçam dos verdadeiros factos desta governação
*(Alexandre Abreu. Na íntegra: aqui. Sublinhados meus)

Os meus cartazes: Salazar não diria melhor


Quem fala assim não é gago...

"Estaremos perdidos se a coligação continuar à frente do país." (Januário Torgal Ferreira, bispo emérito das Forças Armadas)
Não é gago e tem razão que é o que, no caso, mais importa.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

A Justiça é cega?


É um lugar comum afirmar que a Justiça é cega, mas, de facto, a asserção tem tanto de comum como de falsa. E nem é preciso fazer grandes indagações para concluir pela sua falsidade. Basta atentar na forma como foram (estão) a ser tratados dois arguidos considerados mediáticos:  o ex-primeiro-ministro do Governo anterior (José Sócrates) e o um ex-ministro do actual governo (Miguel Macedo)
O contraste entre o modo como foram tratados, enquanto arguidos, um e outro chega a ser chocante.
Conhecem-se os tratos de polé a que José Sócrates tem sido sujeito pelos agentes da justiça responsáveis pelo respectivo processo, desde o primeiro momento que coincide com a sua prisão previamente anunciada a alguma comunicação social, dando oportunidade para a prática do primeiro de muitos actos que tiveram como fito principal o achincalhamento do detido

Veja-se, para estabelecer uma comparação, a forma como o Público retrata o tratamento dado ao ex-ministro Miguel Macedo: 
« O ex-ministro da Administração Interna Miguel Macedo foi esta terça-feira interrogado durante seis horas como arguido no processo dos vistos gold, no âmbito do qual é suspeito de três crimes prevaricação de titular de cargo político e de um crime de tráfico de influências. O interrogatório ao deputado social-democrata começou pelas 15h e foi interrompido pelas 21h. Miguel Macedo terá de regressar para a continuação do interrogatório “em data a designar”, informou a Procuradoria-Geral da República (PGR) ao início da noite desta terça-feira, confirmando também o estatuto de “arguido” do deputado.
(...)
A audição de Miguel Macedo não decorreu no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) como seria normal. A procuradora Susana Figueiredo, titular deste inquérito, realizou o interrogatório no edifício do Gabinete de Documentação e de Direito Comparado da PGR a poucos metros do edifício do DCIAP. Com esta manobra, o MP trocou as voltas aos jornalistas que aguardavam Miguel Macedo, ao início da tarde desta terça-feira, à porta do DCIAP. Quando a comunicação social soube o local onde de facto ocorreria a audição, já Macedo tinha entrado, acompanhado pelo advogado Alfredo Castanheira Neves.

Também só depois das 15h, quando já decorria a audição, é que a PGR confirmou às redacções a realização do interrogatório. “Confirma-se que Miguel Macedo é ouvido hoje pelo Ministério Público, no âmbito do inquérito onde se investigam, entre outras, matérias relacionadas com a atribuição de vistos gold”, disse então a procuradoria. »

Não pretendo com este arrazoado e com a transcrição supra, censurar o procedimento da procuradora Susana Figueiredo, que me parece inteiramente correcto e que poderia até servir de exemplo para outros colegas de magistratura, nem a questionar, por um só momento que seja, a inocência de Miguel Macedo. Não só a presumo, como atesto que este tem agido, a meu ver, sem falhas a apontar, desde que surgiu o caso dos vistos gold
O que me parece inquestionável resultar da comparação é a confirmação de que a justiça, entendida esta como instituição servida por gente boa e menos boa, decente e menos decente, independente e menos independente, recta e menos recta, proba e menos proba, nunca foi, nem é, cega.
Como digo, não é preciso recuar muito no tempo (e não faltariam casos para apreciar) para se chegar a essa conclusão.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

O "ovo de Colombo" e os números do desemprego


Dizem os estudos económicos sobre as questões do emprego e do desemprego que não há criação de novos postos de trabalho e, consequentemente, diminuição do desemprego, se a economia não crescer acima de 2%. Tratava-se, até há pouco, de tese consensual entre economistas, mas encontra-se em crise desde que o governo português actualmente em (des)funções descobriu uma fórmula para baixar os números do desemprego.
Na foto supra (tirada da edição impressa do Público de 9 /09/2015) temos um caso que explica na perfeição a mencionada fórmula. Esta é tão simples que não pode deixar de ser considerada como um autêntico "ovo de Colombo".
Tão simples como isto: adopta-se uma política de baixos salários, tão baixos que transformem a vida dos trabalhadores por conta de outrem a tal ponto insuportável que não lhes reste outra alternativa a não ser procurar condições de vida e de trabalho fora de Portugal. Com a emigração de centenas de milhares de trabalhadores, jovens e menos jovens, mais e menos qualificados. o  desemprego, não tem nada que saber, cai a pique.
O esquema montado por este governo é, como disse e repito, um autêntico "ovo de Colombo". Tem um problema: o ovo é podre e cheira mal.
De facto, se esta debandada forçada melhora, tal como o governo pretende para fins eleitoralistas, os números do desemprego e favorece a sua própria imagem, ao invés,  para o país, a  emigração em larga escala constitui um desastre de dimensões hoje dificilmente imagináveis, traduzida na perda de milhares e milhares de pessoas (cuja formação custou milhões) e dos seus saberes, aptidões e conhecimentos que tanta falta fazem ao desenvolvimento do país.
Tendo em conta esta dolorosa realidade, pode afirmar-se, sem receio de desmentido, que este governo cumpriu o proclamado objectivo de empobrecer o país, muito para lá do imaginável. A maior perda nem foi sequer a acentuada descida do PIB por via da austeridade "custe o que custar". A maior desgraça foi mesmo a perda dos muitos milhares de portugueses que foram obrigados a procurar o pão de cada dia no estrangeiro. Sem eles, Portugal, está em muito piores condições para enfrentar os desafios e problemas do futuro. E problemas por resolver é coisa que não falta, muitos criados ou agravados pela política deste governo. Recordo a mero titulo de exemplo, o aumento dos níveis e dos números da pobreza, do número dos desempregados e, last but not least, do agravamento das desigualdades.

"Passos puxou pelo fantasma e saiu-lhe Costa"

«(...)Portugal precisa de ser governado e ontem havia dois homens que tentavam convencer os portugueses de que podem ser o próximo primeiro-ministro. E acontece que esses dois eram, são, os únicos que o podem ser. E acontece, ainda, que ontem foi o único dia que os dois tinham para se combater - dando a cara e as ideias. Alguém a intrometer-se estaria sempre a mais. Os portugueses só precisavam de que as televisões lhes dessem câmaras, luzes e microfones para que o duelo lhes chegasse a casa. A haver alguém a mais só seria necessário quem soubesse como funciona um relógio, para repartir o tempo a meio. Mais nada. Ontem, porém, meteram no estúdio três jornalistas que cumpriram a mesma função intrusiva e desnecessária dos pés de microfone que, nos corredores, pedem a opinião daqueles que, um minuto antes, estiveram no estúdio a dizer o que queriam. Com um agravante: os três de ontem, porque importunavam, não deixaram que se visse, como completamente devia ter sido visto, a coça que Passos Coelho levou. Primeiro, de si próprio, porque medíocre. Segundo, de si próprio, porque sonso (inventando um adversário que não o que tinha à frente). E, terceiro, de si próprio, porque manifestamente inferior a António Costa.»
(Ferreira Fernandes. Na íntegra aqui. Destaque meu)

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

O governo em (des)funções e a Torre de Belém

Gente mal informada e outra tanta mal intencionada tem-se esforçado por passar a ideia de que o governo em (des)funções, liderado (mal) por Passos Coelho, co-lilerado (tão mal ou pior) por Portas e (lamentavelmente) coadjuvado por Cavaco, deixa o país arrasado. Não haverá, dizem, obra feita que possa ser atribuída a tal (des)governo. Só desfeita.
Alegações, obviamente, de gente maledicente, que os factos se encarregam de desmentir. Veja-se, por exemplo, o monumento reproduzido na foto supra que é conhecido por Torre de Belém. Dizem as mesmas más-línguas que se trata de uma construção iniciada e acabada no século XVI, durante o reinado de D. Manuel I, dito o Venturoso.
Suponho que tal alegação não passa de mais uma falsidade posta a circular pelos que passam o seu tempo a dizer mal deste governo de dedicados servidores do pote. Mas mesmo que a alegação seja verdadeira, um mérito não se pode negar ao supra citado (des)governo: Se a Torre de Belém, construída ou não no século XVI, ainda se mantém pé, ao tal desgoverno se deve, pois, podendo tê-la mandado abaixo, como fez em relação a tantas obras já iniciadas, nesta não tocou. Fosse lá por que razão fosse. Sobre esse ponto não me pronuncio.

Os meus cartazes: Combate das desigualdades sociais à moda da PáF


segunda-feira, 7 de setembro de 2015

BES: já alguém pintou a cara de vergonha?


Como se pode concluir pela leitura do extracto da crónica de João Vieira Pereira que a imagem supra reproduz, publicada no Caderno de Economia do Expresso de sábado passado, já nem os mais esforçados defensores das teses da direita, onde se inclui o citado cronista, acreditam que a decisão tomada na sequência da crise que afectou o BES tenha sido a aconselhável.
Atendendo aos argumentos que aduz, não custa concluir que, no caso, a razão lhe assiste, por inteiro. A resolução foi a pior solução, escreve, tese que não me custa acolher, tal como subscrevo a afirmação de que a recapitalização, antecedida, acrescento eu, do afastamento da administração Salgado, teria sido a solução adequada para a crise do banco.
O parágrafo final da crónica suscita-me, no entanto, alguma perplexidade. Maria Luís Albuquerque é, sem dúvida, uma das pessoas responsáveis pela opção tomada que, sabe-se já hoje sem margem para dúvidas, vai sair cara aos portugueses (e ainda não sabemos da missa a metade). Mas não é a única. Passos Coelho, como é óbvio, é, como primeiro-ministro, o principal responsável e Portas, como vice-primeiro-ministro. vem logo a seguir. E nem Cavaco está livre de responsabilidades. Não promulgou ele o diploma feito à pressa indispensável à tomada da decisão sobre a resolução?
Segundo o cronista, Maria Luís Albuquerque devia pintar a cara de vergonha. E por que razão, Passos Coelho, Portas e Cavaco não são chamados na crónica a assumirem as suas responsabilidades?
Será porque na direita, que há mais de quatro anos vem destruindo o país, já não há ninguém com vergonha na cara?
PS. Não menciono Carlos Costa, porque, sendo embora o executor, não foi mais que um pau-mandado e só esse facto já é motivo mais que suficiente para se sentir envergonhado. Já não precisa de pintar a cara.

Aprendam com Passos Coelho !

("Bons" amigos como Relvas e melhores "padrinhos" como Ângelo Correia. E não só.)

Pires de Lima, by himself


domingo, 6 de setembro de 2015

"Aqui só há meninos."

«Havemos de nos lembrar daquele miúdo alemão a quem o repórter perguntava se no seu infantário havia estrangeiros. - Não, respondeu ele. Aqui só há meninos
Há mais sabedoria na voz inocente duma criança do que em toda a gritaria à volta do drama dos refugiados. Refugiados ou não, somos todos humanos. Suposto era que todos fossem tratados com dignidade. Não somos todos feitos da mesma massa ? 
(imagem daqui)

"Proibido desistir"

«(...)
Nestes tempos que estamos vivendo, também nos sentimos atrofiados por outras situações, tais como os comportamentos aparentemente loucos do sistema financeiro à escala global, ou os charlatanismos instalados no discurso eleitoral, em particular da coligação de direita (PSD/CDS).

Enquanto se discute se há ou não sinais de crescimento em Portugal - esquecem-se de discutir a distribuição da riqueza -, é preciso não perder de vista vários factos irrefutáveis. Comparando a situação que hoje vivemos com a que tínhamos em 2011 (e ainda mais com a de 2007), somos hoje um país mais pobre; com uma população menor e mais idosa; com dívidas muito maiores apesar da quebra dos salários, das pensões e dos direitos sociais fundamentais. Mas Passos, Portas e seus acólitos dizem que está tudo melhor. Por outro lado, o nosso acesso a juros baixos está preso por arames. Depende de acontecimentos como o rebentamento de bolhas especulativas na China e noutros países, ou de decisões dos bancos centrais no sentido da expansão do crédito ou da sua contração. Provavelmente, juros baixos só existirão durante mais algum tempo. Depois as taxas vão subir: até onde, ninguém sabe dizer. Nesse momento a realidade que está disfarçada sob o manto da propaganda dos juros baixos e do petróleo barato virá ao de cima. Nesse momento as promessas eleitorais serão testadas, mas as eleições já terão passado.

Por muito que apeteça mandar tudo isto às malvas, não pode ser. É preciso não desistir e agir em tempo útil. A direita tem de ser derrotada em 4 de outubro. Os seus objetivos e propostas, conhecidos ou escondidos, exaurem o país e atrofiam-nos o futuro.»
(Carvalho da Silva. Na íntegra: aqui. Destaque meu.)

PáF!

"Um primeiro-ministro que não dá uma entrevista à RTP mas dá à cmtv, não precisa de dizer mais nada." (Pedro Marques Lopes)


P. de pantomineiro


Gente a contas com o Fisco


sábado, 5 de setembro de 2015

Um Governo que não é sério

"Um Governo que, quatro anos depois de tomar posse, apresenta défices na ordem dos 7,3 e 5,4% não sabe fazer contas. A redução do défice face a 2011 é de 0,1%. Ao contrário do que diz o primeiro-ministro, a despesa da administração central subiu no primeiro semestre 2,7% e os impostos sobem porque não são feitos os reembolsos. Assim, com o dinheiro dos outros, é fácil. Mas não é sério".
(...)
"Depois de quatro anos de ataque à segurança social, que continua no programa de estabilidade com os 600 milhões de euros de corte nas pensões, e no programa eleitoral com o plafonamento e a descapitalização da segurança social, é natural que a coligação não perceba o que é respeitar os compromissos com os portugueses"
(...)
"O PS tem um conjunto de medidas que promovem o emprego, ao mesmo tempo que garantem a sustentabilidade da Segurança Social, fazendo crescer os salários e as receitas da Segurança Social através de fontes de receita adicionais que estão todas identificadas no programa eleitoral".
(...)
"A doutora Maria Luís Albuquerque não leu os documentos mas comentou. Se o doutor Montenegro e o doutor Mota Soares leram, ainda não sabemos, mas não perceberam. O respeito do programa eleitoral do PS pelos portugueses está acima destas intervenções pueris"
(Mário Centeno)

De profissionais da mentira era de esperar o quê?

(Clicando na imagem, amplia)
(In "Expresso", edição impressa de hoje)

O gerador de cartazes trata do tema do não às entrevistas


sexta-feira, 4 de setembro de 2015

"Tratados como cães", mas há quem goste!...

Todavia, a crer nas sondagens que vão sendo publicadas e. designadamente, a acreditar na última, não faltam portugueses que apreciam o tratamento. De facto as intenções de voto manifestadas na última sondagem (v. infra) mostram que os portugueses ou são masoquistas, ou, mais simplesmente, são mesmo estúpidos. Venha o diabo e escolha!

 (fonte)

Tome nota!

«É mais difícil tirar o passe social do que comprar os transportes do Porto. Portugal não pode mais."
(Tiago Barbosa Ribeiro)

Tome nota e proceda em conformidade!


"Votaram ao engano 2,159,742 portugueses. 4 anos depois, Portugal não pode mais."

(A ver e a rever as vezes que forem precisas até remover de S. Bento este "ilustre" caloteiro e "consumado" aldrabão, no dia 4 de Outubro.)

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Dupond e Dupont

"Sem sombra de divergência" é a fórmula encontrada pelo Diário de Noticias para classificar o debate entre Jerónimo de Sousa e Catarina Martins, fórmula que é completada pelo título, não menos feliz, do Público, para quem, " Bloco e PCP trocam elogios e convergem nas críticas ao PS".
Alinhando no mesmo tom, diria eu que, em vez de um debate entre os dirigentes de dois partidos, assistimos a um diálogo em tudo semelhante aos dos celebrados Dupond et Dupont da banda desenhada.
E nada mais teria a acrescentar, se se não desse o caso de os dois intervenientes se mostrarem mais empenhados nas críticas ao PS do que em condenar com toda a veemência a política deste governo que envergonha o país e que tantos sacrifícios impôs aos portugueses ao longo desta legislatura.
Quatro longos anos de grande sofrimento infligido aos portugueses por uma equipa que, na sua ascensão ao poder, contou com a colaboração dos dois partidos da "esquerda da esquerda", não foram ainda, pelos vistos, suficientes para o PCP e o Bloco conseguirem identificar os partidos da direita, agora juntos na PáF, como o "inimigo principal". Pela amostra, dir-se-ia que, para PCP e Bloco, são necessários mais 4 anos para chegarem a uma conclusão a tal respeito.
Dito isto, torna-se evidente para quem anseia por ver a direita derrotada (custe o que custar) nas urnas, no próximo dia 4 de Outubro, que o voto em qualquer dois concorrentes (CDU e Bloco de Esquerda) é um desperdício. E hoje, mais do que nunca, sabendo-se que à esquerda do PS há pelo menos uma força política que não alinha na tese do "quanto pior, melhor" tese que tem sido, e continua a ser, a seguida pelo PCP e o Bloco. Pelos vistos e infelizmente.

Pergunta e bem!

Pergunta o José Magalhães: "Este infeliz terá dificuldades respiratórias qd passa à oposição ?"
(imagem daqui)

"Afasta-se e pressiona": nova versão da quadratura do círculo

Autor da proeza, desta feita, o DN.
"Governo afasta-se e pressiona Banco de Portugal a vender antes de arrancar a campanha eleitoral" escreve o Diário de Notícias.
Sabe-se (e não há forma de o negar) que o governo de Passos Coelho, foi, em última instância, o único responsável pela decisão que pôs termo à existência do BES. Como, obviamente, não podia deixar de ser. 
Sabe-se igualmente que tal governo que, entre outros lamentáveis hábitos, também tem o de sacudir, por sistema, a água do capote, não fugiu, uma vez mais, à regra de se eximir às suas responsabilidades. A tarefa, neste caso, reconhece-se, até foi facilitada pela existência de um bode expiatório predisposto, à partida, a carregar com as responsabilidades alheias: o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, entretanto, reconduzido no cargo, prova de que, em Portugal, o poder até não é mal agradecido.
O facto de a narrativa do governo de Passos et al. ser falsa, a todas as luzes, não impediu que ela tenha feito o seu caminho na comunicação social. A notícia acima citada é prova disso. Quem a redigiu, ao escrever "Governo afasta-se", engole por inteiro a versão governamental, sem se dar conta de que entra em completa contradição quando adianta que o mesmo governo "pressiona o Banco de Portugal".
É evidente que uma tal notícia enferma do mal que afecta grande parte da comunicação social portuguesa. Por uma razão ou outra, os media, na sua maioria, transformaram-se em meros repetidores acríticos do poder. Que tal aconteça, em abstrato, já é mau. Com um governo de gente como esta, com enorme vocação para a aldrabice, não só é mau. É péssimo.
[Imagem (Coelho - vê-se bem - a pressionar ao longe!) daqui.]