... parece ser a ideia dos sindicatos da Função Pública. Sabendo (porque suponho que sabem, pois os seus dirigentes ainda devem ter tempo para prestar atenção ao que se passa no mundo) a dimensão da crise que afecta toda a economia mundial, com todos os países desenvolvidos a braços com a recessão, a que Portugal, segundo as previsões da OCDE, não vai escapar, só se compreende a insistência dos sindicatos em recusar a proposta do governo, porque esperam que este, em ano de eleições, acabe por se vergar às suas exigências. É, porém, evidente para qualquer observador que o governo, se pecou, foi por se ter excedido na proposta e não o inverso. E também é claro que não tem margem de manobra para maior "generosidade", até porque os contribuintes a quem competiria pagar a factura de tal "generosidade"não estão certamente para aí virados, tanto mais que os funcionários públicos gozam ainda de uma situação de privilégio face aos demais trabalhadores deste país.
Exigir o impossível não é má ideia, mas só se for possível...
E, infelizmente, não é o caso.
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