sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Como explicar ?

Aprovado na Assembleia da República um voto de congratulação pela eleição de Barack Obama como presidente dos Estados Unidos da América voto que foi brindado com a abstenção do PCP, BE e PEV.
Como explicar uma tal atitude perante um facto com a dimensão histórica da eleição do primeiro presidente não-branco num país de maioria branca? Isto deixando de lado, quer a personalidade do presidente eleito, que as suas ideias e propostas, de longe, bem mais progressistas que as da administração cessante.
Saudades de Bush ? Faço o favor de não crer, mas fico sem explicação.

5 comentários:

Anónimo disse...

Como explicar???????
Estamos em Portugal ou nos E.U.A.?
Já pensou, por acaso, se os americanos no seu senado fariam o mesmo, se o país fosse Portugal ou outro país europeu?
Questiono: Como explicar a aprovação na Assembleia da República de um voto de congratulação pela eleição de Barack Obama como presidente dos Estados Unidos da América??????????

Francisco Clamote disse...

A explicação até é fácil: Se o PR e o PM se congratularam com a eleição de Barack Obama, tendo-lhe dirigido mensagens nesse sentido porque é que a AR não podia fazer o mesmo?
Estranho seria que o Congresso dos EUA se congratulasse com a eleição de Obama, como estranho seria se a AR se congratulasse com a eleição de Cavaco Silva (p.e.). E seria estranho pela razão simples de que, tratando-se de órgãos de soberania do mesmo Estado estariam a hipotecar a independência do órgão legislativo (que o Congresso e a AR são) perante o PR respectivo.

Anónimo disse...

Ah percebi..."De todas as ilusões
a mais perigosa consiste em pensar
que não existe mais que uma realidade".

Paul Watzlawick

Francisco Clamote disse...

Agora quem ficou sem perceber fui eu, mas reconheço que a culpa é minha. Lamentavelmente, não conhecia e continuo sem conhecer Paul Watzlawick.

Anónimo disse...

Eu também não conheço esse tal.
Mas se o orgão de soberania Presidente se congratulou com a eleição de Obama, a AR também se pode congratular.
A malta adepta dos partidos que não acharam bem, claro que pensa igual.
Mas, do meu ponto de vista, não precisam de se abster para mais tarde estarem à vontade para dizerem mal da política de Obama.
Quem tem grandeza de espírito não fica preso e dependente dessas teias.
Todo o cidadão do mundo se congratula.
Os outros, esses mais pequeninos hão-de ter sempre qualquer defeito a apontar.