sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Mais uma montanha que pariu um rato

Não sei quem é que tem razão: Se o Ministério Público (MP) que deduziu a acusação contra Fátima Felgueiras por 11 crimes de participação económica em negócio, abuso de poder, prevaricação e peculato, se os senhores Juízes que a condenaram a 3 anos e 3 meses de prisão, com pena suspensa e perda de mandato, por apenas 3 crimes: um de peculato, um de peculato de uso e outro de abuso de poder.
Em última análise, até se pode dar o caso de nem aquele (MP), nem estes (Juízes), terem razão. Quem nos garante, perante tanta desafinação, que não é, afinal, a senhora autarca de Felgueiras (que proclama a sua inocência) e o seu advogado (que a alega) quem tem razão ?
Seja como for, uma coisa é certa: O julgamento, que durou anos, é mais uma montanha que pariu um rato. Mas uma montanha que nos saiu caro!
ADENDA:Reparo, entretanto, com surpresa, que Fátima Felgueiras não foi elevada aos altares, hipótese que, em dada altura, me atrevi a sugerir.

1 comentário:

Anónimo disse...

Este processo vem daquela época em PJ e MºPº resolveram dar um ar da sua graça, mostrando que tinham muita força.
Foram prender um autarca ou uma pessoa do futebol à Costa da Caparica( a viagem foi lá do norte para o sul), um Juiz vai com a Televisão buscar um deputado a S.Bento, correram atrás de um jeep mercedes até ao Algarve para prender um sujeito da Tv e à Fátima Felgueiras levaram-na sob prisão da Câmara de Felgueiras até ao Tribunal.
Para quem conhece a terra de Felgueiras a rua e pouco mais, separa o tribunal da C.M..Bastava pelo telefone dizer à senhora: Daqui fala fulano, V.exa. não se importa de estar aqui dentro de 5 ou 15 minutos? depois poderiam ir buscá-la, mas só depois!!
Para mim que estou de fora, vi muita arrogância e muita vontade de mostrar poder.
Depois aquela pressa de pregar a senhora na cadeia também não cai bem.
Sou daqueles que penso ter ela feito muito bem em ter desandado para o Brasil, fugindo a sete pés do enxovalho dos noticiários e das 1ªs págs dos jornais.
Aquela era a época que primeiro vais dentro e depois logo te explicas. E essa época continuou com a queda pelas escadas da mãe da criança assassinada ou fugida em Portimão, com polícias noutros casos a atirar a matar porque um drogado ou equivalente desata a fugir da autoridade, coisa que não se faz a quem tem a autoridade toda.
Agora veio o novo código de processo penal e vai daí dos 80 passou-se para o 8.
Mas eu acho piada a certos departamentos de polícia: andam à caça da multa, mesmo de noite coimam os carros sem selo etc. enquanto uns metros mais à frente andam os ladrões a roubar e a assaltar.Pudera apanhar estes cidadãos criminosos é muito mais seguro que os outros criminosos.
Conheço a Fátima Felgueiras dos media, também não conheço o processo. PORÉM, acho conhecer um pouco os homens e saber que a inveja e outras "virtudes" podem embrulhar muito bem uma pessoa e, com uma ajuda das "autoridades" primeiro vai dentro e depois logo se vê.
O MP e a PJ terão de fazer um trabalho mais cuidadoso. Com a actuação daquela época e com este tipo de resultado vão ter que se esforçar muito para merecerem o respeito dos cidadãos que lhes pagam os ordenados. Vão ter que pegar nos casos com outro cuidado com aquele cuidado que dá muito trabalho e que requer também muita coragem. Se assim for, ninguém conseguirá tocar-lhes.